Aeroporto: funcionários são presos suspeitos de tráfico internacional, informa PF
Esquema do PCC enviava droga para a Europa a partir do aeroporto de Guarulhos
A Polícia Federal (PF) realiza uma operação nesta terça-feira, 19, para combater o crime organizado e o tráfico internacional de drogas.
Entre os suspeitos estão funcionários terceirizados do aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos.
Os agentes cumprem 23 mandados de prisão preventiva e 24 de busca e apreensão nos municípios de São Paulo, Sorocaba, Guarulhos e Praia Grande.
Também é cumprido um mandado em Portugal, determinado pelo Poder Judiciário, em virtude de difusão vermelha transmitida pela Interpol, após representação da PF.
A Justiça ainda determinou o seqüestro de todos os bens imóveis e de veículos, bem como de valores em contas bancárias e aplicações financeiras dos investigados. O valor total chega a R$ 53 milhões.
O esquema internacional
A investigação teve início em 2021 e, durante o período, foram apreendidos quase 900 quilos de cocaína em nove eventos: três em Guarulhos, dois em Lisboa (Portugal), um em Frankfurt (Alemanha) e três em Amsterdã (Holanda).
“A organização criminosa atuava cooptando funcionários e prestadores de serviços de aeroportos para que introduzissem carregamentos de cocaína no interior de aeronaves comerciais que realizavam voos regulares”, informou a PF.
Os voos partiam do Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Segundo a investigação, os funcionários suspeitos atuavam na área de pista do aeroporto e com os carrinhos que dão acesso à aeronave.
Eles colocavam as malas com as drogas direto no porão do avião, escapando da fiscalização e do raio-X da polícia.
Também são alvo da operação os dois principais traficantes de drogas, ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), que aliciavam os funcionários e chefiavam o envio de cocaína do Brasil para a Europa por meio do terminal.
Os investigados serão indiciados pelos crimes de tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, cujas penas variam de 10 a 25 anos de reclusão.
Por Revista Oeste