BR 262: Manhuaçu, a primeira impressão
Que viajar é divertido, prazeroso, alivia o estresse, esvazia um pouco a cabeça de problemas e recarrega as energias, todo mundo sabe.
Em todos os locais que passamos a primeira impressão é a que fica. Em um espaço de tempo muito curto o cérebro humano constrói imagens difíceis de serem desmontadas posteriormente. Basta uma fração de segundo para se formar a primeira impressão sobre algo.
A cada ano milhões de pessoas passam por nossa cidade e a impressão que fica não é boa: A cidade dos “buracos”.
Mas, afinal, de quem é a responsabilidade? A resposta é em alto e bom som: Do DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes!
Mas será que somente o DNIT é único o culpado? É mais fácil culpar do que buscar solução!
A prefeitura de Manhuaçu pode resolver esse problema
A ACIAMAR REGIONAL – Associação do Comércio, Indústria, Agronegócios e Prestadores de Serviços de Manhuaçu e Região – fez diversos pedidos protocolados em 2021 na Câmara Municipal e Prefeitura Municipal de Manhuaçu para envio de uma Carta de Intenção ao DNIT sobre um estudo de viabilidade de eventual municipalização/desafetação da Rodovia BR-262, no perímetro urbano de Manhuaçu (MG).
O município pode “adotar” a BR 262
A transferência da responsabilidade para o município pode resolver esse problema.
A municipalização depende da prefeitura
A eventual municipalização/desafetação da Rodovia BR-262, no perímetro urbano de Manhuaçu (MG), transfere a administração do trecho para o Município.
O processo para doação do trecho depende do interesse da prefeitura, que deve oficializar o interesse através de uma Carta de Intenção, protocolado pela prefeitura junto ao Dnit.
A doação depende do aval do Dnit, que oficializa a doação do perímetro urbano da rodovia federal pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) à Prefeitura.
A municipalização permite que a prefeitura administre a estrada como via urbana, facilitando a manutenção e a conservação.
Com a municipalização do trecho, as despesas de construção e manutenção passam a ser responsabilidade da prefeitura, assim como os passivos ambientais e as questões jurídicas, acarretando ônus, mas também o bônus.
Os benefícios da municipalização
- Realizar a manutenção com mais frequência e menos burocracia;
- Permissão para o aporte de recursos para investimentos na rodovia;
- Regularização das construções feitas dentro da faixa de domínio legal estabelecida para rodovias federais. A transferência da responsabilidade sobre o trecho resolve um impasse que se arrasta há anos;
- Obras na pista e possibilidade de parcerias com empresas para viabilizar a construção de rotatórias, facilitando acessos;
- Regularizar as obras já existentes;
- Implantação de novos empreendimentos próximos à rodovia;
- Benefícios de ordem econômica e social para Manhuaçu e região;
- Melhorias como a implantação de ciclovia ao longo do trecho, iluminação, passeio público e outras melhorias;
- Intervenções para ampliar a segurança do tráfego e o escoamento da produção;
O problema é que o assunto antigo e requer atitude dos políticos da cidade.
Há muitos anos o município vem sofrendo com o crescimento desordenado às margens da Rodovia BR-262, com acessos perigosos, constantes acidentes, trânsito caótico e uma ocupação irregular, mas fundamental para a economia do Município.
A eventual municipalização/desafetação da Rodovia BR-262, no perímetro urbano de Manhuaçu (MG), é uma forma de garantir o direito à moradia e à liberdade de profissão já consolidados com o tempo, os quais são responsáveis por movimentar o comércio e o desenvolvimento do Município de Manhuaçu.
Devemos nos esforçar para encontrar uma solução eficaz para todas as demandas.
Em depoimentos de moradores e turistas que trafegavam no trecho pudemos constatar:
“Esperamos mais ação, menos conversa.”
“2022, um novo ano mais especial , com eleição geral. É ano de eleição, manutenção dos políticos que estão combatendo a corrupção e de renovação. A responsabilidade de cada cidadão, eleitor, contribuinte; de toda a sociedade: Vamos viver eleição de Presidente da República e eleição para Governador do Estado, sem falar da renovação do Congresso Nacional.”
“É necessário que os políticos parem de pensar em votos e reeleição e comecem a trabalhar para resolver os problemas do município.”
Por Aloísio Moreira