Contratação milionária de agências para “combate às fake news”, sob investigação
Líder da oposição investiga contratação milionária de agências para “combate às fake news”
Segundo o deputado Filipe Barros, contrato de R$ 200 milhões foi vencido por quatro agências ligadas a políticos petistas e houve violação de sigilo do resultado
O deputado federal Filipe Barros (PL-PR), líder da oposição na Câmara, entrou hoje (21) com um requerimento de informações junto à Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência) referente à contratação de quatro agências de publicidade para “combate às fake news”. Segundo Filipe, as quatro agências vencedoras da licitação para o serviço são ligadas ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e aos deputados federais Lindbergh Farias (PT-RJ) e Gleisi Hoffmann (PT-PR). Ao todo, 24 empresas participaram do certame.
“Com o intuito de combate às fake News, o governo Lula realizou o maior processo licitatório de publicidade da história do Brasil, em que serão dispendidos R$ 200 milhões que serão distribuídos entre as vencedoras”, diz o deputado. “Para além do valor exorbitante do procedimento administrativo, dentre as agências contratadas está a BR+ (Brplus), empresa investigada pela Controladoria Geral da União por sobrepreço e serviços prestados sem comprovação”.
Filipe Barros afirma ainda que o jornalista Wilson Lima, do site O Antagonista, obteve acesso ao resultado da licitação um dia antes da abertura dos envelopes do edital, prevista para 24 de abril — o que faz lembrar licitações do governo Sarney (1985-1989). “Ou seja, não bastasse a nebulosidade que circunda os vencedores da licitação, há também fortes indícios de que tenha havido violação de sigilo dos invólucros, o que compromete, como um todo, a contratação”, diz o deputado.
No início da noite desta terça-feira, o deputado Filipe Barros divulgou a seguinte nota à imprensa:
“Como não tem apoio popular, o lulopetismo quer injetar dinheiro nas mídias para fazer valer sua narrativa.
Os megalomaníacos R$ 200 milhões que o (des)governo reservou para combater aquilo que o Palácio do Planalto entende como ‘notícia falsa’ são um indício gritante: eles não vão sossegar enquanto não tiverem a máquina pública inteiramente dedicada a censurar todas as opiniões divergentes e críticas ao governo.
É preciso barrar essa licitação não só pelo seu objeto em si, mas por, em plena crise humanitária no Rio Grande do Sul, gastar o dinheiro do contribuinte para Lula tentar dar um fôlego artificial na popularidade que ele perdeu de vez”.
Por BSM