Entenda as mudanças do Novo Ensino Médio para as escolas de todo país
Novo formato traz aumento de horas letivas anuais, mudança na grade curricular e ensino profissionalizante
Com a ideia de que os estudantes poderão construir seus projetos de vida e definir os rumos da sua educação, de acordo com seus interesses e necessidades, nesse ano começa a ser implementado o Novo Ensino Médio em todas as escolas públicas e privadas do país, que deverão se pautar pela Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio (BNCC).
O Novo Ensino Médio foi aprovado em 2017, e de acordo com o Ministério da Educação (MEC), o objetivo principal é aproximar e preparar os estudantes para o mercado de trabalho, com a possibilidade de uma formação mais atualizada.
A mudança começará de forma gradual e atingirá os alunos que ingressarem no ensino médio em 2022. O novo formato traz aumento de horas letivas anuais, a mudança na grade curricular e a possibilidade de terminar os estudos com um diploma de curso técnico.
Como podemos ver, cada ano letivo passará de 800 para de 1.000 horas, atingindo 3.000 horas ao final dos três anos. Para atingir o total de horas, cada ano letivo deve ter 200 dias.
Nos três anos de ensino médio, a carga horária será ampliada de 2.400 para 3.000 horas, ou seja, se em média, um aluno fica 4 horas por dia em uma sala de aula, agora passará a ficar 5 horas. Desse total, 1.800 horas serão destinadas ao currículo comum e 1200 horas serão destinadas aos itinerários formativos, podendo percorrer uma ou mais linhas de aprendizagem relacionadas às áreas de conhecimento.
O novo modelo será organizado por meio de módulos ou créditos, e dividido por semestre, como ocorre no ensino superior. Serão cinco áreas de conhecimento: linguagem e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências humanas e sociais aplicadas, e ciência da natureza e suas tecnologias, e formação técnica e profissional.
Somente as disciplinas de português, matemática e língua inglesa serão obrigatórias durante os três anos.
Com isso, a carga horária será 60% dedicada ao currículo base e os outros 40% para as disciplinas eletivas. Dessa forma o estudante escolherá a área do conhecimento que deseja aprofundar. E o ensino técnico poderá ser realizado ao mesmo tempo.
Serão disponibilizadas novas ferramentas, para o aprofundamento e interesse dos estudantes, os itinerários formativos, que são conjuntos de disciplinas, projetos, oficinas, núcleos de estudo entre outros. Apesar da proposta de nivelamento entre todas as escolas, públicas e privadas, as redes de ensino não são obrigadas a ofertar todos os itinerários, ficando a critério de cada instituição, de acordo com suas condições de funcionamento.
Existe a possibilidade das escolas, por intermédio das secretarias de Educação, têm a possibilidade de firmar parcerias com institutos federais, universidades estaduais e federais para garantir a oportunidade de itinerários aos estudantes.
No Distrito Federal, a secretaria de Educação explica que o Novo Ensino Médio teve início em 2020, por meio de cinco escolas pilotos, duas no Gama, uma no Recanto das Emas, em Sobradinho 2 e uma em Taguatinga.
E agora será implementado em toda rede de forma gradual: 2022: 1º ano 2023: 1º e 2º anos e 2024: 1º, 2 ºe 3º anos.
Na rede privada os preparativos para o começo do ano letivo também estão sendo implementados.
O diretor do colégio Marista, Luiz Gustavo Mendes afirma que a mudança já era estudada .
”Ter um novo Ensino Médio já era discutido na Rede Marista e a nova legislação nos deu oportunidade para implementar conceitos e práticas que já vinham sendo refletidos anteriormente”.
Com informações terrabrasilnoticias