Lula segue em busca de culpados para queda de popularidade

Lula segue em busca de culpados para queda de popularidade

Sobrou até para os ministros do STF, cujos julgamentos sobre pautas de costumes estariam amplificando o desgaste do petista (na avaliação do próprio presidente, claro)

Lula (foto) reúne nesta segunda-feira, 18, seus 38 ministros para tentar reagir à queda de popularidade registrada em todas as pesquisas de opinião pública divulgadas neste mês.

Pesquisa da Atlas Intel divulgada nesta quinta-feira, 7 de março, mostra que a avaliação dos brasileiros sobre o governo Lula caiu em todas as áreas em 2024.

Vista como uma âncora de sustentação da aprovação do governo, a imagem negativa de Lula superou numericamente sua imagem positiva pela primeira vez desde agosto de 2022”, destacou o instituto.

Hoje, a imagem de Lula é negativa para 49%, enquanto a positiva está em 47%. Em janeiro era positiva para 53% e negativa para 45%.

Segundo o CEO da Atlas Intel, Andrei Roman, o resultado mais importante da pesquisa é esse: “Tradicionalmente, a popularidade pessoal do Lula era a principal âncora da aprovação dos seus governos. Pela 1a vez, o governo passa a ter uma percepção melhor de desempenho do que o presidente”.

Quedas

Entre janeiro e março, as avaliações positivas, “ótimas” e “boas”, caíram de 40% a 28% em “Justiça e combate à corrupção” e de 36% a 24% em segurança pública.

Essas foram as quedas mais vertiginosas.

A derrocada foi de 47% para 38% sobre relações internacionais, de 38% a 30% sobre “Responsabilidade fiscal e controle de gastos”, de 48% a 41% sobre “Direitos Humanos e igualdade racial”, e de 36% a 24% sobre meio ambiente.

Nesse meio tempo, as avaliações negativas, “ruins” e “péssimas”, decolaram. A avaliação negativa sobre segurança pública subiu 14 pontos, de 52% a 66%.

As avaliações negativas sobre “Responsabilidade fiscal e controle de gastos” e “Justiça e combate à corrupção” também estão acima dos 50% incluindo a margem de erro.

Elas chegam a 58% e 55%, respectivamente.

A Atlas Intel entrevistou 3.154 pessoas de todo o Brasil entre 2 e 5 de março. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais e para menos, com nível de confiança de 95%.

Inflação

Levantamento do final de fevereiro do instituto de pesquisas Ipespe encomendado pela Febraban apontou que 67% dos brasileiros acreditam que a inflação e os preços “aumentaram” ou “aumentaram muito”.

No último estudo, realizado em dezembro, o índice era de apenas 54%.

Ainda segundo o levantamento divulgado nesta quinta-feira, 29 de fevereiro, 21% dos entrevistados afirmaram acreditar que a inflação e os preços “ficaram iguais”.

Outros 11% declararam que “diminuíram” ou “diminuíram muito”, enquanto o restante 1% não soube responder.

O resultado da percepção de inflação é o mais pessimista desde abril de 2023, quando também 67% dos entrevistados afirmaram que os preços haviam aumentado ou aumentado muito.

A crença no avanço da inflação é maior entre mulheres e mais jovens.

Dentre elas, 68% acreditam que os preços “aumentaram” ou “aumentaram muito”. Já o índice dos diferentes grupos de faixa etária até 59 anos flutua entre 67% e 69%.

Avaliação negativa

A pesquisa da Atlas Intel reforça a impressão já indicada pelo levantamento da Genial/Quaest, que apontou alta na avaliação negativa do petista após a alusão ao Holocausto para atacar Israel, especialmente ente os evangélicos.

O Antagonista

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