
Médicos atualizam estado de saúde de Jair Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue hospitalizado em Natal (RN), sem data definida para deixar o Hospital Rio Grande. Segundo os médicos responsáveis, ele permanece em observação e não será levado a São Paulo — uma decisão tomada pela família e pelos profissionais que o acompanham.
De acordo com o cirurgião geral e oncológico Élio Barreto, “permanece estável, com melhoras no humor e na distensão abdominal”. Apesar de ter condições clínicas para ser transferido, a escolha foi pela permanência no atual hospital. “O paciente apresenta condições de transferência, mas, por opção da família e da equipe que o assiste, foi optado pela permanência dele no hospital. Não há previsão de alta”, completou.
Exames de imagem identificaram um quadro de suboclusão intestinal — uma obstrução parcial que dificulta, mas não impede, a passagem de fezes e gases. Bolsonaro deu entrada na unidade médica relatando “forte desconforto abdominal”. Até o momento, os médicos não consideram necessária uma intervenção cirúrgica. “Ele está sendo avaliado continuamente com a realização de exames”, afirmaram.
As dores sentidas pelo ex-presidente são descritas como “difusas”, ou seja, sem uma área exata de origem. O diretor-geral do hospital, Luiz Roberto Fonseca, destacou que sintomas assim em pacientes com histórico de várias cirurgias abdominais, como é o caso de Bolsonaro, acendem um alerta sobre possíveis hérnias internas. “Rotações prendem o intestino e aumentam a dor”, explicou. No entanto, não há indícios concretos de que isso tenha ocorrido.
O desconforto teve início por volta das 5h da manhã, durante viagem pelo interior do Rio Grande do Norte. Bolsonaro chegou a comparecer à primeira atividade do roteiro político em Santa Cruz (RN), mas seu estado de saúde piorou em seguida.
Segundo o ex-ministro Gilson Machado, que o acompanhava, o ex-presidente insistiu em manter o compromisso inicial antes de ser levado ao hospital.
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CNN Brasil / DireitaOnLine