
Montadoras alertam Lula e ameaçam demissões em massa se vier pacote pró-China
Volkswagen, Toyota, General Motors e Stellantis enviaram carta ao presidente em 15 de junho e até agora não receberam resposta.
As quatro maiores montadoras do Brasil — Volkswagen, Toyota, Stellantis e General Motors — emitiram um alerta direto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva: caso o governo flexibilize a importação de peças automotivas, milhares de empregos estarão em risco. A medida articulada pelo Planalto, sob liderança do ministro da Casa Civil Rui Costa, propõe facilitar a montagem de veículos com peças totalmente importadas no modelo SKD, prática adotada principalmente por montadoras chinesas.
Em carta enviada a Lula, os executivos acusam o governo de colocar em risco a indústria nacional, desestimulando a cadeia produtiva e os fornecedores brasileiros. Segundo eles, a norma pode inviabilizar cerca de R$ 60 bilhões em investimentos e eliminar até 50 mil postos de trabalho diretos e indiretos no país.
As montadoras cobram responsabilidade do presidente e exigem que a política industrial valorize a produção local em vez de favorecer veículos desmontados e subsidiados do exterior. A pressão do setor automobilístico revela um embate crescente entre os interesses da indústria nacional e as decisões do governo federal.
Redação
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