
Não vejo quebra de decoro de Eduardo Bolsonaro, diz presidente do Conselho de Ética
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados deve analisar, a partir de 2 de setembro, 20 representações contra 11 parlamentares, entre eles Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O presidente do colegiado, deputado Fabio Schiochet (União-SC), informou neste domingo, 24, que não enxerga quebra de decoro nas ações atribuídas ao filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Eduardo Bolsonaro é alvo de quatro representações, três apresentadas pelo PT e uma pelo Psol, que solicitam apuração e possível cassação de seu mandato em razão de articulações nos Estados Unidos contra o Judiciário brasileiro, as quais resultaram em sanções ao Brasil.
“Eu, como presidente do Conselho de Ética, não vejo quebra de decoro em cima desses movimentos que entraram no Conselho de Ética”, declarou Schiochet, à CNN. “Não houve agressão, não houve agressão verbal, não houve ganho em cima do mandato dele para ser passível de quebra de decoro parlamentar.”
Representações e a atuação do Conselho de Ética da Câmara
O deputado destacou que, apesar das denúncias, não considera os fatos relatados como motivo suficiente para cassação. “O deputado Eduardo Bolsonaro pode perder o mandato por falta, por não estar vindo para a Câmara”, explicou. “Mas, nas representações que chegaram ao Conselho de Ética, eu não vejo como quebra de decoro parlamentar para pedir a cassação de mandato.”
O presidente do Conselho observou ainda que o colegiado será exigido de forma intensa neste ano pré-eleitoral, pelo grande volume de representações. Ele criticou o excesso de pedidos de cassação.
“Vai ser um ano muito conturbado, um ano muito agitado no Conselho de Ética”, disse Schiochet. “Junto dos nossos 20 membros do colegiado, nós teremos que ter muita responsabilidade, porque está se banalizando o Conselho de Ética.”
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