Nova rota do café no Caparaó Mineiro valoriza produção artesanal de cafés

Nova rota do café no Caparaó Mineiro valoriza produção artesanal de cafés

Café e belezas naturais sempre andaram de mãos dadas, a maioria dos cafezais mais importantes do Brasil está em lugares de altitude, onde a paisagem costuma ser exuberante. Nada melhor então do que seguir por uma rota do café para atrelar informação com turismo. Foi aí que o Sebrae Minas acabou de criar a Rota de Experiências Caparaó Mineiro, na divisa com o Espírito Santo, uma combinação de fatores geográficos e tradição de cultivo local. Sabores frutados, florais e de chocolate. É o que costuma sair da xícara por ali, onde as cidades Alto Caparaó, Alto Jequitibá, Caparaó e Espera Feliz fazem parte desta tour, que inclui 13 experiências.

“A ideia é valorizar as pessoas do território, cultura, saberes e fazer artesanal”, diz João Roberto Marques Lobo, gerente do Sebrae. cuja finalidade é potencializar outros atrativos na região, além do Parque Nacional do Caparaó, um dos lugares mais procurados pelos turistas no território. O parque abriga o Pico da Bandeira – o terceiro mais alto do país, com 2.892 m de altitude.

A Rota de Experiências foi lançada, oficialmente, em abril deste ano, na WTM Latin America, em São Paulo — Foto: Divulgação
A Rota de Experiências foi lançada, oficialmente, em abril deste ano, na WTM Latin America, em São Paulo — Foto: Divulgação

O diferencial está na forma de produção: quase 100% do cultivo é feito manualmente, por famílias de pequenos produtores, em um saber-fazer passado de geração em geração. O terroir do Caparaó é reconhecido pelos selos de Denominação de Origem e de Indicação de Procedência das Indicações Geográficas obtidas junto ao INPI.

Uma das experiências da Rota é no Sítio Imperial da Serra, em Alto Jequitibá, onde os cafés especiais de Silmara Emerick renderam de 50 a 70 das 200 sacas neste ano. O “Duelo de Cafés” é leva a descobrir sabores e a perceber diferenças e nuances do café especial.

O café De Lacerda, de Espera Feliz, é um dos mais premiados do Caparaó Mineiro. O ponto mais baixo da propriedade está a 1,4 mil de altitude, onde acontece o “campeonato de abanação” – os turistas recebem uma peneira e uma quantidade de café e, sob risadas e descontração, brincam de fazer a limpeza do café, retirando folhas e outras impurezas.

Tarifaço no café mineiro

O anúncio do governo norte-americano de elevar em 50% as tarifas de importação sobre produtos brasileiros (10% já existentes + 40% adicionais) a partir de 1º de agosto de 2025 respingou forte no café mineiro, já que 17% da produção são destinadas aos EUA. “Além da queda de margens, há impacto em cooperativas, torrefações e cafeterias exportadoras”, diz gerente do Sebrae.

O Globo

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