Perfis do Exército nas redes sociais são marcados por comentários negativos e críticas
Em maio de 2021, as Forças Armadas eram a instituição mais confiável do país na opinião dos brasileiros, de acordo com o Paraná Pesquisas
Embora as pesquisas sempre mostrem o Exército entre as instituições mais “confiáveis” do país, nas redes sociais o cenário mostra-se bem diferente. Nas últimas publicações das Forças Armadas Brasileiras do Instagram, os comentários em todos os posts demonstram desprezo da população para com o Exército. Todos os comentários são críticas, nenhum elogio. Os administradores do perfil no Instagram precisaram bloquear os comentários de diversas publicações.
Na publicação da formatura no Quartel-General Forte Guararapes, sede do CMNE, com a presença de Oficiais-Generais e outros, foram mais de 3.700 comentários criticando os militares. De “Confiávamos em vocês! Entregaram o país para a anarquia!” até “Operação Lavar Roupas da Janja”, os comentários continuam.
- “Treinamento pra prender as vovózinhas.”
- “4 mil comentários e nenhum Parabéns. Aí tem coisa errada não acham?”
- “Uma instituição que perdeu o respeito e a administração de uma nação… Que triste!”
Na última publicação, em que eles publicaram um vídeo editado das operações amazônicas, os comentários só pioraram. Em sua legenda, eles disseram:
“A Amazônia é nossa casa e protegê-la é nossa missão. Com determinação e comprometimento, continuamos a nos aprimorar, mantendo nossas forças prontas para qualquer cenário. Juntos, construímos um futuro mais seguro.”
Já nos comentários, o povo não perdoa:
“Quando isolamos a praça, as pessoas acharam que estávamos protegendo-as, e foram dormir. No dia seguinte, prendemos mais de mil pessoas”, comentaram ao relembrar a fala do general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, que assumiu que as FA não estavam do lado dos manifestantes do 8 de janeiro.
- “Cuidado pra não achar senhorinhas com bíblia na mão.”
Em contrapartida, em maio de 2021, as Forças Armadas eram a instituição mais confiável do país na opinião dos brasileiros, de acordo com o Paraná Pesquisas. O estudo havia sido feito com 873 entrevistas realizadas por telefone em 26 Estados e no Distrito Federal. A margem de erro era de 3,5 pontos percentuais.