Pix vira modelo global e desafia sistema bancário dos EUA

Pix vira modelo global e desafia sistema bancário dos EUA

Criado pelo Banco Central do Brasil e lançado oficialmente em novembro de 2020, durante o governo Jair Bolsonaro, o Pix revolucionou os meios de pagamento no país e tem chamado a atenção de diversas nações — especialmente dos Estados Unidos. Idealizado como uma ferramenta de política pública para promover inclusão financeira, reduzir custos bancários e modernizar o sistema de transferências, o Pix rapidamente se tornou parte do cotidiano dos brasileiros.

Um dos fatores que favoreceram o sucesso do sistema foi a estrutura concentrada do sistema financeiro nacional. Com apenas cinco grandes bancos dominando o mercado — dois públicos e três privados — o Banco Central conseguiu integrar rapidamente o setor bancário ao novo modelo, facilitando a adoção em larga escala. A adesão da população foi massiva, consolidando o Pix como uma das inovações mais bem-sucedidas já lançadas pelo órgão.

Nos Estados Unidos, a realidade é bem diferente. O país possui milhares de instituições bancárias, o que fragmenta o mercado e dificulta a criação de um sistema único e instantâneo. Além disso, há forte resistência das empresas de cartões de crédito, que têm interesse direto na manutenção do atual modelo de pagamentos. A visão econômica mais liberal também pesa: muitos americanos consideram que cabe ao setor privado, e não ao governo, criar e gerenciar esse tipo de infraestrutura.

Enquanto o Pix ganha destaque internacional e já começa a substituir com eficiência o dinheiro em espécie e os cartões no Brasil, outras nações observam de perto seu funcionamento. Países da América Latina, África e até da Europa estudam adotar sistemas inspirados no modelo brasileiro. Já os EUA ainda enfrentam entraves políticos e estruturais que dificultam a adoção de uma solução semelhante.

Redação

CATEGORIAS
TAGS
Compartilhe Isso

COMENTÁRIOS

Wordpress (0)
Disqus ( )