
Quem assassinou John F. Kennedy?
Arquivos secretos e antigas gravações dão pistas sobre a vida de JFK
Enquanto mais de 2 mil documentos sobre as investigações do assassinato de Kennedy foram liberados este ano, antigas gravações de pessoas do seu entorno contam detalhes sobre o político estadunidense.

No último dia 18 de março de 2025, o governo dos Estados Unidos publicou documentos confidenciais a respeito da morte de John F. Kennedy, que foi assassinado em 22 de novembro de 1963 na cidade de Dallas, no Texas. Os documentos trazem investigações feitas pela Agência Central de Inteligência (CIA), entre outros órgãos oficiais do país, referente aos acontecimentos que culminaram na morte do político.
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Segundo a imprensa dos Estados Unidos, o Brasil aparece mencionado em alguns arquivos por conta do contexto mundial da Guerra Fria na época, situação política que dividia os países que estavam sob a influência da União Soviética, da China e dos Estados Unidos, inclusive na América Latina.
Mas a vida e a morte de Kennedy, que sempre despertou curiosidade tanto nos Estados Unidos como no mundo, vem sendo revelada já há alguns anos. Em 2013, por exemplo, começaram a ser divulgadas fitas dos anos 1950 que trazem gravações dos amigos de JFK falando sobre ele após sua morte. Esses áudios haviam sido publicados em um programa de rádio público norte-americano, na época, chamado “Nós Conhecíamos JFK: Histórias inéditas dos arquivos de Kennedy”.

O que as fitas secretas revelaram sobre JFK?
Nas gravações, Thomas “Tip” O’Neill (que mais tarde se tornou presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos por muito tempo) falou sobre sua primeira impressão de um jovem Kennedy, décadas antes. “John Kennedy me pareceu um garoto recém-saído da escola”, disse O’Neill.
Mas quando Kennedy começou a fazer campanha para o Congresso do país, no final da década de 1940, seu carisma era imparável. O’Neill, que representava um distrito diferente em Massachusetts, lembra-se de ter dito: “Graças a Deus não estou concorrendo com Kennedy”.
Glenda Manzi, produtora administrativa do programa de rádio, disse que ficou surpresa com o fato de que ouvir as fitas deu vida a JFK. “Ao ler as transcrições e depois ouvir as pessoas falarem sobre JFK, você realmente tem uma noção de quem ele era – um cara realmente complexo.”
Gravações sobre John Kennedy: um pouco sobre como ele conheceu Jackie e de que forma tratava seus adversários
Um dos protagonistas das fitas foi Charles L. Bartlett, jornalista ganhador do Prêmio Pulitzer que, mais tarde, se tornaria amigo íntimo de Kennedy. Ele conta nos áudios os percalços do casamento ao tentar apresentar Jacqueline “Jackie” Bouvier a Kennedy.
Bartlett primeiro tentou levá-los juntos a um casamento, mas não conseguiu, e teve que fazer outra tentativa em uma data posterior. Ele também conta sobre os primeiros dias de JFK como um pouco preguiçoso no Congresso dos EUA.
Já o jornalista canadense Max Freedman também mencionou os dias de Kennedy como representante. “Ele não se esforçava muito no trabalho”, disse Freedman. No entanto, quando Kennedy foi eleito senador dos EUA em 1952, Bartlett notou uma mudança significativa. “Ele se tornou um sujeito muito mais sério”, disse Bartlett.
Nas fitas, a Princesa Grace é ouvida lembrando-se de JFK havia perguntado a ela sobre um vestido de grife que ela estava usando em um evento na Casa Branca. Sua voz é adorável e elegante e evoca a imagem de Camelot que era o legado de JFK.
Foram mais de 1.200 fitas de áudio encontradas e que passaram a ser divulgadas. O conteúdo começou a ser gravado poucos meses após a morte do presidente JFK e nunca tinha sido ouvido pelo público em geral. Elas foram criadas como um registro público pela família Kennedy e por uma equipe de entrevistadores, financiados pela Carnegie Corporation.
As fitas nunca foram consideradas um registro real em si, embora os entrevistados tenham assinado contratos indicando quaisquer restrições. No entanto, hoje estão devidamente guardadas na Biblioteca e Museu Presidencial Kennedy, em Boston.
Mas, afinal, quem matou John F. Kennedy?
Um artigo dedicado ao político e publicado pelo projeto National Geographic Kids, explica que John F. Kennedy era presidente há pouco menos de três anos quando foi assassinado em 22 de novembro de 1963. Ele passeava por Dallas, Texas, em um carro aberto, durante um evento presidencial, quando foi alvo de Lee Harvey Oswald, o responsável por atirar contra o presidente. O funeral de Kennedy aconteceu em Washington, DC, enquanto Lee Oswald acabou morto antes de ser levado a julgamento.
“Embora tenha sido presidente por um curto período, seus apelos por paz e justiça inspiraram ações entre inúmeros cidadãos durante sua vida e continuam a influenciar outros hoje”, diz o texto de NatGeo Kids.
Por: National Geographic Brasil