Relação Brasil-EUA pode se agravar com relatório da OEA sobre Alexandre de Moraes

Relação Brasil-EUA pode se agravar com relatório da OEA sobre Alexandre de Moraes

A possível divulgação de um relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre a atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, pode desencadear uma crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos. Caso o documento aponte arbitrariedades em suas decisões, o presidente norte-americano Donald Trump pode usar o relatório como justificativa para endurecer a postura contra o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Além de ampliar críticas ao Judiciário brasileiro, Trump pode adotar medidas econômicas que afetem diretamente o país, como a imposição de novas tarifas comerciais – uma estratégia já adotada por ele em sua gestão anterior, quando impôs taxas sobre o aço brasileiro.

A ofensiva contra Moraes e o governo Lula vem sendo impulsionada por aliados próximos de Trump, que defendem a tese de que há uma “ditadura” no Brasil, supostamente liderada pelo STF e pelo Palácio do Planalto para perseguir opositores de direita, como Jair Bolsonaro.

Um dos principais articuladores dessa narrativa é o bilionário Elon Musk, que tem feito críticas públicas a Moraes e às decisões do STF envolvendo a regulação das redes sociais. Musk tem se aproximado de Trump e manifestado apoio à ideia de um processo de impeachment contra Lula.

Outro nome envolvido na estratégia é Jason Miller, ex-assessor de Trump e peça-chave em sua campanha de reeleição. Em 2021, Miller foi detido no aeroporto de Brasília por ordem de Moraes para prestar depoimento no inquérito sobre atos antidemocráticos no Brasil.

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