Ciro Nogueira recebeu propina da JBS para PP apoiar reeleição de Dilma, diz PF
Defesa do ministro afirmou que a conclusão ‘é totalmente baseada somente em delações’
A Polícia Federal (PF) afirmou nesta sexta-feira, 8, ao Supremo Tribunal Federal que reuniu indícios de que o atual ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), cometeu os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em 2014.
De acordo com a PF, a JBS teria feito os pagamentos para que o PP apoiasse a reeleição da então presidente Dilma Rousseff (PT), Nogueira dirigia o partido. Atualmente, ele está licenciado do comando da sigla para exercer o cargo de ministro.
Segundo depoimento de Joesley Batista à PF, o pagamento de propina envolveu a entrega de uma mala com R$ 500 mil ao então senador. A PF não pediu o indiciamento em razão do foro por prerrogativa de função.
A investigação será enviada agora ao procurador-geral da República Augusto Aras, a quem cabe decidir se apresenta denúncia contra o ministro ou arquiva o inquérito.
A defesa de Ciro Nogueira disse estranhar o relatório da Polícia Federal, “pois a conclusão é totalmente baseada somente em delações que não são corroboradas com nenhuma prova externa”.
“A defesa tem absoluta confiança que o tempo das delações sem nenhuma fundamentação já está devidamente superado pelas decisões independentes do Ministério Público e do Supremo Tribunal Federal”, afirma a nota.
A PF também diz ver indícios de crimes de Gustavo Lima, irmão de Ciro Nogueira; Edinho Silva, então tesoureiro da campanha do PT; Joesley Batista e Ricardo Saud, ambos executivos da J&F à época.
Por Revista Oeste