Corrida Presidencial: O futuro do Brasil está em nossas mãos

Corrida Presidencial: O futuro do Brasil está em nossas mãos

O grito: “Eleições Diretas para presidente” ganhou as ruas do Brasil entre 1983 e 1984

O povo brasileiro estava sedento por democracia, afinal há quase trinta anos o eleitor brasileiro não elegia seu presidente da República.  

Foto: Fernando Santos/Folhapress (25/1/1984)

O direito de eleger o presidente viria em 1989

As eleições de 1989 foram as primeiras desde 1960 em que os cidadãos brasileiros escolheram seu presidente da República.

A participação nas eleições de 1989 teve número recorde de candidatos: 22 candidatos.

O atual partido de Jair Bolsonaro disputava com uma candidatura própria a Presidência da República. Com o slogan “juntos, chegaremos lá, fé no Brasil”, a campanha de Guilherme Afif Domingos virou hit na eleição que marcava a retomada da democracia em 1989. O candidato se comunicava também pela linguagem de Libras, o que propiciou a viralização dos gestos.

Afif teve um dos melhores jingles de todos os tempos

A fórmula “Juntos chegaremos lá!” mais o “Dois patinhos na lagoa, vote Afif, 22!” empurrou o candidato a ótimos momentos nas pesquisas. A candidatura do PL, com Afif, teve um personagem hoje muito conhecido que participou da criação do plano de governo na campanha presidencial, Paulo Guedes, atual ministro da Economia. Afif chegou a ser o anti-Collor da Direita, mas não suportou as bordoadas que tomou pelo caminho.

Os dois candidatos mais fortes, Collor e Lula, tinham posições opostas

Enquanto Collor defendia o receituário neoliberal, Lula voltava-se para a defesa da justiça social, da reforma agrária, da moratória da dívida externa e de uma política de combate à miséria e ao desemprego.

Em 15 de novembro de 1989, os brasileiros foram às urnas para escolher o novo presidente da República

O PRIMEIRO TURNO

No primeiro turno, Fernando Collor saiu vitorioso, com 20,6 milhões de votos (o equivalente a 28% do total). Lula conseguiu 11,6 milhões de votos (16,08% do total).

O SEGUNDO TURNO

O segundo turno das eleições ocorreu no dia 17 de dezembro, um domingo.

Na véspera das eleições, os resultados da última pesquisa de intenção de voto realizada pelo Ibope, atual IPEC, dando 47% para Collor e 46% para Lula. Collor obteve 53% e Lula 47% Corrida Presidencial

Memórias da minha primeira eleição para Presidente.

O fato marcante na minha memória foi a previsão realizada pela vidente mineira Leila Alckmin da vitória do número 22. Segundo ela, o espírito do falecido presidente Juscelino Kubistchek teria a relatado como seria o desfecho da eleição. Na época o comentário era que o 22 salvaria o Brasil e o levaria ao progresso. Afif não venceu, nem sequer foi para o segundo turno, mas a vidente carregava na ponta da língua a explicação: “Eu nunca disse que Afif seria o presidente. Quem garantiu isso foi JK.”

Collor ganhou naquela ocasião.

Na eleição atual à Presidência da República, a disputa mais uma vez é entre duas propostas completamente divergentes.

Trinta e três anos depois o número 22 reaparece e tem como adversário o mesmo candidato que em 1989 prometia a defesa da justiça social, da reforma agrária, da moratória da dívida externa e de uma política de combate à miséria e ao desemprego.

Lula teve sua chance de mudar o Brasil, diretamente por 8 anos e indiretamente por 6 anos.

Há 33 anos, carrego comigo esse pensamento de que o 22 salvaria o Brasil e o levaria ao progresso. E garanto que muitos dessa época também!

Será que chegou a hora? O número 22 salvará o Brasil e que o levará ao progresso? O futuro do Brasil está em nossas mãos!

Por Aloísio Moreira

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