Críticas Internacionais se Intensificam Contra Alexandre de Moraes por Medidas Contra Bolsonaro

Críticas Internacionais se Intensificam Contra Alexandre de Moraes por Medidas Contra Bolsonaro

Atos do ministro do STF geram reações nos EUA e Europa, com acusações de perseguição política e censura

As recentes decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ampliaram o debate internacional sobre a atuação do Judiciário brasileiro. Líderes políticos conservadores nos Estados Unidos e na Europa reagiram com veemência às medidas, alegando violações à liberdade de expressão e perseguição política.

Na última quinta-feira (18), Moraes decidiu manter as restrições impostas a Bolsonaro, que incluem o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de comunicação direta ou indireta por redes sociais. Embora tenha reconhecido que houve apenas um descumprimento “pontual”, o ministro alertou que qualquer nova infração poderá resultar em prisão preventiva imediata.

A repercussão ganhou força após o anúncio do senador norte-americano Marco Rubio, secretário de Estado dos Estados Unidos, que declarou a revogação do visto de entrada nos EUA de Alexandre de Moraes e de seus aliados no STF. Segundo Rubio, a medida é uma resposta àquilo que considera como “ações de censura e perseguição” contra Bolsonaro.

“A caça às bruxas política do ministro Alexandre de Moraes criou um complexo de perseguição tão amplo que viola não apenas os direitos dos brasileiros, mas também preocupa além das fronteiras do Brasil”, escreveu Rubio nas redes sociais.

A deputada republicana María Elvira Salazar também se manifestou, classificando a revogação do visto como “um começo” e defendendo que haja “responsabilização total” pelas ações do ministro.

Trumpistas e conservadores se posicionam

Figuras ligadas ao ex-presidente Donald Trump também demonstraram apoio a Bolsonaro. Jason Miller, ex-assessor sênior de Trump, declarou que Moraes “quer que o mundo saiba que ele governa o Brasil, e não Lula”.

Mike Benz, ex-funcionário do Departamento de Estado dos EUA e diretor da Foundation for Freedom Online, compartilhou uma imagem de Bolsonaro usando tornozeleira eletrônica, com a legenda: “Justiça precisa chegar ao Brasil”.

As manifestações têm sido reforçadas por ações internacionais de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal licenciado e filho do ex-presidente, que está nos Estados Unidos desde março mobilizando apoio entre lideranças conservadoras.

Reações também vieram da Europa

Na Europa, líderes políticos de direita também expressaram solidariedade a Jair Bolsonaro. O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, publicou mensagem de apoio direto ao ex-presidente brasileiro:

“Continue lutando, Jair Bolsonaro! Ordens de silêncio, proibições de redes sociais e julgamentos com motivação política são ferramentas de medo, não de justiça. Você pode colocar uma tornozeleira em um homem, mas não na vontade de uma nação”, afirmou.

O vice-primeiro-ministro da Itália, Matteo Salvini, endereçou uma mensagem ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), oferecendo apoio e criticando o que chamou de “perseguição judicial de esquerda” no Brasil.

Já o eurodeputado polonês Dominik Tarczynski compartilhou a carta enviada por Donald Trump a Bolsonaro e reforçou: “100% de apoio a Bolsonaro”.

Cresce pressão externa sobre o STF

As manifestações indicam um aumento da pressão internacional sobre o Supremo Tribunal Federal e sua atuação no cenário político brasileiro. As críticas convergem na ideia de que o Judiciário estaria ultrapassando seus limites constitucionais, assumindo um papel político e repressivo.

Apesar da crescente repercussão no exterior, o STF ainda não se pronunciou oficialmente sobre as medidas anunciadas pelo governo norte-americano nem sobre as críticas internacionais.

Enquanto isso, a crise institucional brasileira ganha novos contornos fora das fronteiras do país, elevando o debate sobre a separação entre os poderes e os limites da atuação judicial em tempos de polarização política.

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Redação

Foto: Salvini (Itália), Orban (Hungria) e Salazar (EUA)

Fotos: EFE/EPA/SADAK SOUICI // EFE/EPA/OLIVIER MATTHYS // EFE/ Lenin Nolly

Com informações Pleno News

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