Dólar sobe após coletiva irritada de Haddad sobre meta fiscal
O mercado financeiro teve mais um dia de turbulências. Após abrir com otimismo, o dólar e a bolsa inverteram o movimento após uma entrevista coletiva do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre as dificuldades em cumprir a meta de zerar o déficit primário em 2024.
E a intenção do encontro com jornalistas era justamente o contrário, tranquilizar o mercado e ao menos tentar desfazer a imagem passada por Lula que nem mesmo o governo compra a história de ‘déficit zero’ alardeada pelo Ministro.
Na sabatina, Haddad se irritou com os repórteres que o cobraram se ele manterá a meta de ‘déficit zero’, após Lula (PT) desacreditar da proposta apresentada pelo seu próprio ministro da Fazenda.
O dólar comercial encerrou o dia de ontem (30) vendido a R$ 5,047, com alta de R$ 0,034. A cotação iniciou o dia em baixa, chegando a R$ 4,98 por volta das 10h30. No entanto, após a entrevista de Haddad, passou a subir, até encerrar próxima das máximas do dia.
Com o desempenho dessa segunda, a moeda norte-americana, que caía em outubro, voltou a subir no mês, com alta acumulada de 0,4%. Em 2023, a divisa cai 4,42%.
No mercado de ações, o índice Ibovespa teve comportamento semelhante. Após iniciar o dia em alta, o indicador fechou aos 112.532 pontos, com recuo de 0,68%.
No menor nível desde 1º de junho, a bolsa também foi influenciada pelo cenário externo, com ações de petroleiras caindo porque a cotação internacional do petróleo caiu, e os investidores decidiram vender papéis para embolsar os ganhos dos últimos dias.
Quanto ao câmbio, houve um descolamento entre o real e o mercado externo. Enquanto as principais moedas de países emergentes se valorizaram perante o dólar, o real se depreciou após a entrevista coletiva de Haddad.