Domingos Brazão sobre o caso Marielle:“Eu nunca vi essas pessoas, eu não conheço, eu não posso acreditar numa loucura dessas”

Domingos Brazão sobre o caso Marielle:“Eu nunca vi essas pessoas, eu não conheço, eu não posso acreditar numa loucura dessas”

Em entrevista à CNN Brasil, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, disse na tarde desta quarta-feira (20) que as notícias sobre o envolvimento dele com o caso Marielle estão fazendo com que ele seja “enterrado vivo”.

De acordo com o site Intercept Brasil, Domingos Brazão é apontado por Ronnie Lessa como um dos responsáveis por ter encomendado o assassinato de Marielle Franco (PSOL).

Brazão nega ter conhecido Marielle, Anderson Gomes, Ronnie Lessa ou Élcio Queiroz e afirma que, se de fato Ronnie Lessa tiver citado o nome dele e do irmão na delação, é porque está “protegendo alguém”.

Domingos é irmão de Chiquinho Brazão (União Brasil), deputado federal pelo Rio de Janeiro que teria sido citado na delação do PM acusado de matar a ex-vereadora do Rio.

“Se esse cara está envolvendo eu e meu irmão não está perto do fim. Vai ficar provado que ele quer proteger alguém ou muito poderoso ou muito importante pra ele”, disse Domingos Brazão à emissora.

“Eu nunca vi essas pessoas, eu não conheço, eu não posso acreditar numa loucura dessas”, completou o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro.

O caso Marielle estava recentemente no Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde conselheiros do TCE têm foro privilegiado. Depois, subiu para o Supremo Tribunal Federal (STF), onde deputados federais têm foro privilegiado.

Foi no STF que a delação premiada de Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle e Anderson, foi homologada por Alexandre de Moraes.

O advogado de Domingos, Márcio Palma, afirmou que não enxerga uma justificativa para qualquer tipo de medida contra seu cliente, como prisão preventiva ou cerceamento de algum tipo de liberdade.

Ele afirma ainda não ter tido acesso ao processo, apesar dos pedidos no STJ e STF. “Não vejo elementos que possam autorizar a adoção de qualquer medida cautelar contra Brazão, razão pela qual não acreditamos em tal possibilidade. O Conselheiro já foi alvo de tais medidas em 2019 e, naturalmente, nada foi encontrado”, afirmou Palma.

“Além disso, por inúmeras ocasiões já se colocou à disposição para prestar esclarecimentos às autoridades, caso entendam necessários”, completou.

Por Gazeta Brasil

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