Embratur: TCU investiga suspeita de contratação de funcionários fantasmas
Segundo a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, o Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou uma investigação sobre a Embratur, agência governamental de promoção do turismo, após indícios de “uma série de irregularidades” envolvendo a contratação de 30 funcionários fantasmas nos últimos seis meses.
A denúncia foi revelada no blog de Gaspar, e o caso já resultou na demissão de cinco pessoas, conforme o TCU.
De acordo com o relatório da área técnica do TCU, emitido em 25 de novembro, as irregularidades apontadas podem contrariar princípios fundamentais da administração pública, como legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência.
“Segundo denunciado, esses colaboradores não agregam valor à promoção internacional do turismo brasileiro, não falam qualquer idioma estrangeiro, jamais foram apresentados na instituição e não trabalham para a Embratur, tratando-se de mera indicação política”, afirma o documento.
A investigação segue sob a relatoria do ministro Jhonatan de Jesus, que é descrito pela jornalista como próximo ao ministro do Turismo, Celso Sabino, com quem foi colega na Câmara dos Deputados e integrante da ala bolsonarista da Corte de Contas. A denúncia foi protocolada no TCU e também no Ministério Público Federal (MPF).
O relatório aponta que os funcionários denunciados, muitos deles em cargos de confiança, foram nomeados sem processo seletivo público. A área técnica do TCU sugeriu ao tribunal que adote seis medidas para investigar as contratações, incluindo a solicitação dos processos de contratação e o envio de informações sobre o local de lotação e a carga horária desses servidores.
O blog da jornalista também revelou que cinco pessoas foram demitidas por Marcelo Freixo, presidente da Embratur, incluindo dois funcionários ligados ao ministro Celso Sabino.
Outro nome citado na denúncia, de acordo com a colunista, continua trabalhando na Embratur como gerente na diretoria de marketing internacional, recebendo um salário de R$ 38,3 mil mensais.
A Embratur, por sua vez, defendeu que as demissões ocorreram devido ao mau desempenho dos funcionários e que, no caso de outros colaboradores apontados como fantasmas, eles estão em esquema de teletrabalho ou cedidos ao Ministério do Turismo.
O caso segue sendo investigado, e o TCU pode tomar novas providências diante das evidências de irregularidades na contratação de servidores da Embratur.
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