Lula entre Arthur Lira e Rodrigo Pacheco
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi colocado em uma sinuca para a escolha do novo ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Terá de escolher se apoia um aliado de Arthur Lira (PP-AL) ou um aliado de Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Há também a opção de desagradar os dois e ficar com um terceiro.
Nesta segunda-feira, o TST encaminhou a Lula a lista tríplice de onde sairá o próximo ministro. A vaga em disputa era do ministro Emannoel Pereira, que se aposentou em 2022. O posto faz parte do quinto constitucional da advocacia. O filho do ministro esteve numa lista de seis nomes feita pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), mas acabou preterido.
O apadrinhado de Lira é o advogado Adriano Costa Avelino, que atua em processos do presidente da Câmara. Os dois têm bastante proximidade e, uma eventual indicação, poderia ajudar a arrefecer os ânimos entre Lula e o deputado. Avelino foi o mais votado dos três.
O representante de Pacheco é o advogado Antônio Fabrício de Matos Gonçalves. Com bom acesso ao PT de Minas Gerais, em outra situação, poderia ser uma escolha óbvia e fácil para Lula. O problema é a queda de braço com o presidente da Câmara.
A advogada Roseline Rabelo de Jesus Morais corre por fora. Sua força está no fato de não ser apoiada por Lira ou Pacheco. Além disso, sua escolha fortaleceria o discurso de aumentar o espaço de mulheres no Judiciário, algo pelo qual Lula foi criticado depois de escolher Cristiano Zanin e Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Quem for escolhido por Lula terá de ser sabatinado pelo Senado antes de ser efetivado no TST.
Por BSM