Ministério Público Federal abre investigação contra WhatsApp

Ministério Público Federal abre investigação contra WhatsApp

Procurador diz que empresa não deixa claro para usuário sobre sua política de privacidade 

Ministério Público Federal de São Paulo decidiu investigar a atualização da política de privacidade do WhatsApp que permite o compartilhamento de dados do aplicativo com Instagram e Facebook, todas empresas da Meta.

A atualização foi feita no ano passado e gerou muita polêmica porque quem não aderisse aos termos não poderia mais usar o aplicativo de mensagens.

Agora o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) já sugere até que o segredo em torno de como o compartilhamento é feito pode se tornar uma caixa preta sobre o uso do aplicativo em propaganda política.

Mas o MPF não está focado nas eleições.

Entre as dezenas de motivos listados pelo procurador especializado em direitos do cidadão, Yuri Corrêa da Luz, está o de que o WhatsApp não deu opção aos usuários de não compartilhar os dados, além de citar investigações em outros países.

O MPF considera que não está claro que mesmo ao ter postergado o início das regras, se o fez para todas as contas de usuários e também diz que a empresa pode não ter sido transparente ao divulgar a nova política aos usuários.

“Com o que se pode vislumbrar a possibilidade de, ao longo desses últimos meses, um grande número de usuários no país estarem aderindo, de forma irrefletida, à nova política de privacidade ora sob escrutínio”, diz a portaria que abre a investigação e que foi publicada no Diário Oficial do Ministério Público na segunda-feira, 11. 

Em nota enviada ao Radar Econômico, o WhatsApp dá uma cutucada no Telegram e diz que diferentemente de outros aplicativos está presente no Brasil e cumpre a legislação do país.

“A empresa reforça que a atualização de sua política de privacidade, realizada no ano passado, não ampliou a capacidade do WhatsApp de compartilhar dados com a Meta. Desde o ano passado, o WhatsApp vem colaborando com as autoridades brasileiras (ANPD, Cade, Senacon e inclusive com o Ministério Público Federal) para prestar todos os esclarecimentos necessários. A empresa segue à disposição para colaborar com as autoridades locais.”

Por terrabrasilnoticias

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