MST inicia “Abril Vermelho” com 11 invasões

MST inicia “Abril Vermelho” com 11 invasões

11 invasões de propriedades em cinco Estados

O Movimento Sem Terra (MST) deflagrou uma série de invasões de propriedades rurais em cinco estados brasileiros entre o último sábado (5) e a noite de domingo (6), marcando o início do chamado “Abril Vermelho”. Ao todo, 11 propriedades foram ocupadas nos estados de Minas Gerais, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e São Paulo.

Em Petrolina (PE), cerca de 400 famílias ligadas ao MST ocuparam uma fazenda localizada às margens da PE-647, na zona rural do N-4, desde a madrugada de domingo (6). Lideranças do movimento afirmam que a área de aproximadamente 500 hectares está em processo de desapropriação, sendo considerada improdutiva e abandonada, sem acesso a água e energia elétrica há duas décadas.

As ações do MST durante o “Abril Vermelho” visam pressionar o governo federal por maior celeridade na implementação da reforma agrária e no assentamento de famílias acampadas. O movimento considera as políticas em andamento para a reforma agrária insuficientes para atender à demanda. Em uma carta divulgada em janeiro, o MST cobrou o assentamento de 100 mil famílias que permanecem acampadas em todo o país.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, responsável pelo diálogo com o MST, declarou no sábado que sua pasta retomou os avanços da política de reforma agrária que haviam sido paralisados pelo governo anterior. Durante um evento de inauguração do Assentamento Egídio Brunetto I, em São Paulo, o ministro afirmou que a gestão Lula deve concluir o mandato com o assentamento de 60 mil famílias.

Na mesma ocasião, a secretária executiva do ministério, Fernanda Machiavelli, estabeleceu a meta de assentar 29 mil famílias até o final deste ano, um patamar que, segundo ela, não era alcançado desde 1998. “Estamos falando de uma retomada radical da reforma agrária”, destacou a secretária.

Apesar das declarações do governo, líderes do MST já manifestaram publicamente o pedido de saída de Paulo Teixeira do Ministério do Desenvolvimento Agrário, criticando o ritmo considerado lento das desapropriações de terras para o assentamento de famílias. A possibilidade de Teixeira ser substituído em uma futura reforma ministerial tem sido ventilada.

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Gazeta Brasil

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