Partido Comunista proíbe manifestações em Cuba; Lula ameniza

Partido Comunista proíbe manifestações em Cuba; Lula ameniza

Em entrevista, ele foi questionado sobre como via a limitação de direitos no país caribenho

O ex-presidente Lula (PT) amenizou a proibição de manifestações em Cuba. Protestos estavam previstos para ocorrer na segunda-feira 15, mas foram frustrados pela ditadura do Partido Comunista.

Em entrevista ao jornal espanhol El País, ele foi questionado sobre como via a limitação de direitos no país caribenho após a proibição de atos críticos ao regime.

“Essas coisas não acontecem só em Cuba, mas no mundo inteiro. A polícia bate em muita gente, é violenta. É engraçado porque a gente reclama de uma decisão que evitou os protestos em Cuba, mas não reclama que os cubanos estavam preparados para dar a vacina e não tinham seringas, e os americanos não permitiam a entrada de seringas”, afirmou.

O petista continuou: “Eu acho que as pessoas têm o direito de protestar, da mesma forma que no Brasil. Mas precisamos parar de condenar Cuba e condenar um pouco mais o bloqueio dos Estados Unidos”.

Os organizadores atribuíram o fracasso da iniciativa a ameaças de prisão e atos de intimidação por parte de autoridades cubanas. Entre as bandeiras do ato estavam: libertação de presos políticos, respeito aos direitos humanos e defesa da democracia.

A jornalista do El País rebateu e disse que é possível fazer as duas coisas: “condenar o bloqueio e pedir liberdade nas ruas aos opositores”.

Lula respondeu: “Quem decide a liberdade de Cuba se não o povo cubano? O problema da democracia em Cuba não será resolvido instigando os opositores a criar problemas para o governo. Será conquistada quando o bloqueio acabar”.

Na entrevista, o petista ainda foi perguntado sobre a situação da Nicarágua, em que o ditador Daniel Ortega venceu eleições que não foram reconhecidas pela comunidade internacional.

Nos meses anteriores à votação, dezenas de opositores de Ortega, incluindo sete candidatos presidenciais, foram detidos sob acusações de conspiração e outros crimes, o que abriu caminho para a sua vitória.

“Não posso julgar o que aconteceu na Nicarágua. Eu fui preso no Brasil. Não sei o que essas pessoas fizeram. Só sei que eu não fiz nada. Na Venezuela espero que se Maduro ganhar [nas eleições regionais e locais] se acate o resultado, e se perder também”, afirmou Lula.

Com informações Revista Oeste

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