Presidente de produtora de petróleo russo morre ‘ao cair de janela’ do hospital

Presidente de produtora de petróleo russo morre ‘ao cair de janela’ do hospital

Ravil Maganov é o mais recente oligarcas do país que morreu em circunstâncias misteriosas

Ravil Maganov, presidente da Lukoil — segunda maior produtora de petróleo da Rússia —, morreu nesta quinta-feira, 1º, depois de cair de uma janela de um hospital em Moscou, informou a agência de notícias Reuters.

A imprensa russa também noticiou a morte de Maganov, contudo, não citou o que houve e a razão de o empresário estar internado no Hospital Clínico Central de Moscovo.

Maganov, de 67 anos, trabalhava na estatal desde 1993. Ele assumiu o cargo de presidente em 2020. O executivo era um colaborador próximo de um dos fundadores da Lukoil, Vagit Alekperov.

Alekperov, ex-vice-ministro do Petróleo soviético, renunciou ao cargo de presidente da Lukoil em abril deste ano, uma semana depois que o Reino Unido impôs um congelamento de ativos e uma proibição de viagens a ele como parte das sanções sobre as ações militares da Rússia na Ucrânia.

Maganov é o mais recente de vários executivos de negócios de alto nível a morrer em circunstâncias misteriosas.

Nos últimos meses, foram oito oligarcas russos, sobretudo da indústria de petróleo e gás, mortos, que as autoridades classificaram como suicídio. Em comum, todos tinham conexões com o governo russo.

Nas mortes registradas nos últimos meses, chama a atenção que nenhum dos oligarcas envolvidos havia feito comentários públicos críticos sobre a invasão da Ucrânia. Também nenhum deles estava nas listas de sanções internacionais impostas por nações do Ocidente.

Duas mortes em 24 horas

Antigo vice-presidente da empresa de gás natural Novatek, Serguei Protosenya foi encontrado morto em 19 de abril na Catalunha. Com fortuna estimada em US$ 440 milhões, o executivo foi achado em sua mansão junto aos corpos de sua mulher e filha. A polícia trabalha com a versão de que o empresário esfaqueou as duas antes de tirar a própria vida. A possibilidade foi confrontada por um filho do oligarca, que mora na França.

No dia seguinte, outro integrante do grupo de oligarcas russos foi encontrado morto em circunstâncias misteriosas. Vladislav Avayev, que atuou como vice-presidente do banco Gazprombank, foi achado sem vida em seu apartamento em Moscou. Junto, estavam os corpos de sua mulher e da filha de 13 anos. Segundo a agência de notícias estatal Tass, o magnata tinha uma pistola na mão.

As outras mortes na Rússia

As mortes misteriosas de Protosenya e Avayev se juntam a outros episódios similares, igualmente em circunstâncias enigmáticas. Mais uma vez os envolvidos, em maioria, são executivos com participação em empresas ligadas ao governo do presidente Vladimir Putin.

O primeiro caso ocorreu em janeiro, antes da invasão russa à Ucrânia. Ex-executivo da Gazprom, Leonid Schulman teria cometido suicídio e foi encontrado na banheira de sua casa em São Petersburgo. Segundo a estatal de gás, ele havia tirado licença para tratamento de saúde.

Já em fevereiro, Alexander Tyulyakov, outro ex-gerente da gigante de energia, foi encontrado morto em sua casa em São Petersburgo. No mesmo mês, o magnata Mikhail Watford teve o corpo achado sua propriedade rural na Inglaterra. O empresário de origem ucraniana nasceu como Mikhail Tolstosheya e mudou de nome ao deixar a Rússia, depois de fazer fortuna nos setores de gás e petróleo.

Em março foi a vez de Vasily Melnikov, chefe da empresa gigante de suprimentos médicos MedStom. O executivo foi encontrado sem vida junto aos corpos da mulher e de dois filhos pequenos, na cidade russa de Ninzhni Novgorod.

Adiante veio o caso Andrei Krukovsky. Ele era diretor da estação de esqui Krasnaya Polyana, em Sochi, em unidade que pertencia a Gazprom. O homem de 37 anos realizava uma caminhada no começo de maio, quando caiu de um penhasco. A polícia local ainda investiga o episódio.

Por fim, o bilionário Alexander Subbotin foi encontrado morto no último final de semana, na casa de um xamã. A suspeita é de que o oligarca tenha se intoxicado por veneno de sapo durante um ritual. O empresário era diretor da companhia de petróleo Lukoil e dono da transportadora NTK.

Por Revista Oeste

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