Queimadas disparam no Brasil: aumento de 46% em 2024 choca o país

Queimadas disparam no Brasil: aumento de 46% em 2024 choca o país

O ano de 2024 foi marcado por um aumento significativo no número de queimadas em todo o Brasil, atingindo um nível alarmante não visto desde 2010. Dados do sistema BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que o país encerrou o ano com 278.299 focos de incêndio, o que representa um aumento de 46,5% em comparação a 2023, quando foram registrados 189.901 ocorrências.

A Amazônia, um dos biomas mais ricos em biodiversidade do planeta, foi a região mais afetada, com 140.346 focos de incêndio, o que corresponde a 50,4% do total registrado. Em seguida, o Cerrado também sofreu intensamente, contabilizando 81.468 focos (29,3%). Estes números destacam a gravidade da situação ambiental enfrentada pelo país.

Como as queimadas aumentaram em 2024?

Queimadas / Créditos: depositphotos.com / pedarilhos

Segundo informações do Poder 360, a temporada de incêndios de 2024 foi agravada por uma combinação de fatores climáticos, destacando-se a severa seca que assolou o Brasil. Agosto, tradicionalmente o mês com maior número de queimadas, registrou 68.635 focos, o pior resultado em 14 anos. Contudo, foi em setembro que os números atingiram seu auge, com 83.154 incêndios registrados.

Além das queimadas, a seca histórica em 2024 foi a pior em 75 anos, conforme o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Esta estiagem exacerbada, comum no inverno brasileiro, começou em junho e durou até o final de setembro, causando danos consideráveis ao meio ambiente.

Quais foram os impactos climáticos em 2024?

Dois fatores principais contribuíram para o agravamento da situação: a ocorrência de fortes ondas de calor e a antecipação da seca em várias regiões do país. O fenômeno climático El Niño, que atingiu seu pico no início do ano, desempenhou um papel crucial ao impactar o regime de chuvas, aquecendo as águas do Oceano Pacífico.

Além disso, o aquecimento anormal das águas do Atlântico Tropical Norte, cujas temperaturas aumentaram de 1,2°C a 1,4°C entre 2023 e 2024, também influenciou as condições climáticas. Em julho de 2024, o mundo registrou a maior temperatura global já vista, criando condições propícias para o surgimento de ondas de calor ainda mais intensas.

Como o Brasil pode enfrentar os desafios climáticos futuros?

Diante de um cenário de desgaste ambiental e alterações climáticas, a adoção de medidas eficazes de prevenção e controle de incêndios se torna essencial. Investir em sistemas de monitoramento abrangentes e políticas de conservação ambiental pode ajudar a mitigar os efeitos adversos do aquecimento global.

A conscientização da população e a implementação de práticas sustentáveis são passos fundamentais no combate às causas que favorecem os incêndios e o aquecimento global. Ao reconhecer os desafios e agir proativamente, o Brasil pode traçar um caminho mais seguro rumo à preservação de seus biomas vitais.

TerraBrasilNoticias

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