Russos compram US$ 1,5 bilhão de criptomoedas em um dia

Russos compram US$ 1,5 bilhão de criptomoedas em um dia

Com as sanções econômicas, a moeda digital foi o ativo mais buscado pelos russos nas últimas semanas

O início do conflito entre Rússia e Ucrânia levou a uma corrida de especialistas para comemorar a alta do ouro e a queda das criptomoedas. O fenômeno, um caso raro, não durou nem um dia.

Os amantes do ouro, o ativo que tem 80% do seu estoque controlado por Bancos Centrais, viram o preço do metal derreter conforme o conflito aumentou.

Para os russos, porém, o que chamou atenção foram as sanções econômicas impostas ao país.-

A Rússia foi, como se esperava, banida do Swift — o mecanismo de transações internacionais —, o que levou o rublo (moeda do país) a se desvalorizar ao menos 30%.

Chamado também de “ouro digital”, pelas suas características, o bitcoin foi o ativo mais buscado pelos russos nas últimas semanas.

O resultado foi uma alta do próprio bitcoin, saindo de US$ 37 mil para US$ 44 mil em questão de poucos dias.

Os motivos, como lembra a tese do “ouro digital”, são a facilidade de transacionar bitcoins, algo que pode ser feito em larga escala e mesmo off-line, além da transferência mais ágil e menores custos de custódia. Em suma, benefícios que o ouro físico, ou certificados de ouro, não possuem.

Segundo o Banco Central russo, os habitantes do país possuem cerca de US$ 8 bilhões em criptomoedas, um valor similar ao Brasil, com US$ 6 bilhões, mas em uma crescente maior por lá.

A expectativa de alguns entusiastas é que as sanções, que tornaram inúteis cartões de crédito, fazem com que o aumento de usuários de cripto suba ainda mais rápido na Rússia.

A Rússia é hoje o segundo país com maior adoção de moedas digitais, com 12% da população detendo criptomoedas, uma posição abaixo da Ucrânia, com 13%.

Em um único dia, compras de bitcoin atingiram US$ 1,5 bilhão. Na prática, russos aumentaram sua posição em cripto em ao menos 30% em um único dia, de acordo com dados da portal especializado Coindesk.

Por Revista Oeste

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