Zema inicia negociação com líderes que representam as forças de segurança do Estado

Zema inicia negociação com líderes que representam as forças de segurança do Estado

Governador deve receber representantes de dez categorias profissionais de segurança do Estado

Governador de Minas Gerais, Romeu Zema | Foto: Cristiano Machado/Imprensa MG

Pelo fim da greve, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), negocia com líderes que representam as forças de segurança do Estado.

A paralisação teve início há uma semana, com a adoção de “operação-padrão” pelas tropas. Policiais reivindicam recomposição salarial de 41%.

No sábado 26, a secretária de Planejamento e Gestão de Minas Gerais, Luísa Barreto (PSDB), numa tentativa de abrir diálogo e encerrar o movimento, chamou integrantes de dez sindicatos para uma reunião no Palácio Tiradentes, sede do governo mineiro, na próxima quinta-feira.

Apoiadores dos protestos dos policiais, os deputados federais Subtenente Gonzaga (PDT), Cabo Junio do Amaral (PL) e Léo Motta (PSL) e os deputados estaduais Sargento Rodrigues (PTB), Coronel Sandro (PSL), Delegada Sheila (PSL) e Delegado Heli Grilo (PSL) não foram convidados para o encontro no palácio. Todos eles são alinhados ao presidente Jair Bolsonaro e participaram dos atos ocorridos em Belo Horizonte, na semana passada.

Zema deve receber representantes de dez categorias profissionais de segurança de Minas Gerais, entre policiais militares e civis, bombeiros, agentes penais, prisionais, socioeducativos e da Defesa Civil, escrivães, peritos criminais e analistas de segurança.

As lideranças do movimento das forças de segurança, por meio de nota, afirmaram, também anteontem, que o encontro convocado pela secretária Luísa Barreto é o primeiro aceno que o governo Zema faz, “o que demonstra um claro interesse do Executivo estadual em iniciar uma negociação”.

Na sexta-feira 25 o movimento realizou na Cidade Administrativa, onde está instalado o Palácio Tiradentes, o segundo protesto contra o governador, rechaçando o aumento de 10,06% nos salários de todo o funcionalismo público do Estado, incluindo aposentados e inativos, proposto na véspera por Zema.

Acordo

As forças policiais pedem o cumprimento do acordo feito por Zema em seu primeiro ano de governo — ele prometeu fazer a recomposição salarial das tropas em três parcelas: 13% em julho de 2020, 12% em setembro do ano passado e 12% em setembro deste ano. A primeira parte do reajuste foi feita, mas as outras duas, não. As forças de segurança do Estado não tinham reajustes (baseados na inflação) desde 2015, durante a gestão de Fernando Pimentel (PT).

Na semana passada, Zema divulgou nota em que afirmou estar “equilibrando as contas”, mas que depende da renegociação da dívida com a União para atender ao pleito dos PMs.

“A renegociação da dívida com a União permitirá recomposição dos salários dos profissionais de segurança. Continuamos em busca de alternativas.”

Na sexta-feira 25 o Tribunal de Justiça de Minas acolheu tese da advocacia do Estado e determinou o encerramento da greve dos policiais, sob pena de multa diária de R$ 100 mil, limitada a R$ 10 milhões.

A desembargadora Maria das Graças Silva Albergaria apontou a “inadmissibilidade do exercício do direito de greve de todos os servidores que atuam diretamente na área de segurança pública”.

A multa em caso de descumprimento é de R$ 100 mil por dia, limitada a R$ 10 milhões.

Com informações do Estadão Conteúdo/Revista Oeste

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