Assessor de Lula ataca Trump no Financial Times e agrava crise com os EUA

Assessor de Lula ataca Trump no Financial Times e agrava crise com os EUA

Em uma entrevista polêmica ao jornal britânico Financial Times, o assessor especial da presidência, Celso Amorim, comparou a interferência dos Estados Unidos nos assuntos internos do Brasil à atuação da extinta União Soviética, afirmando que “nem mesmo na era colonial” se viu algo semelhante. A declaração, feita às vésperas da entrada em vigor da tarifa de 50% imposta por Donald Trump às exportações brasileiras, foi interpretada como uma provocação direta ao governo norte-americano.

A reportagem do FT, com o título “Brasil vai dobrar a aposta no Brics em desafio a Donald Trump”, escancara o distanciamento diplomático entre os dois países. Enquanto empresários brasileiros tentam abrir canais de negociação para evitar prejuízos com o tarifaço, Amorim reafirma o compromisso do governo Lula com o Brics — bloco liderado por China e Rússia — e nega que o grupo tenha viés ideológico.

A entrevista foi duramente criticada por especialistas, que apontam que o Brasil se aproxima de regimes autoritários como o de Vladimir Putin e Nicolás Maduro, enquanto se isola de potências econômicas tradicionais. A recente decisão da Venezuela de aplicar uma tarifa de 77% sobre produtos brasileiros e o afastamento do governo argentino de Javier Milei evidenciam o colapso da política externa brasileira na região.

A fala de Amorim, que também ironizou Trump ao dizer que o ex-presidente dos EUA “não tem amigos nem interesses, apenas desejos”, foi vista como um desastre diplomático. Com a crise comercial prestes a se agravar, cresce o temor de que o Brasil esteja pagando o preço por escolhas ideológicas que colocam o país em rota de colisão com importantes parceiros internacionais.

Redação

Com informações Metrópoles

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