Reprimir protestos é ‘sinal de fraqueza’, afirma secretário de Estado dos EUA

Reprimir protestos é ‘sinal de fraqueza’, afirma secretário de Estado dos EUA

A declaração de Antony Blinken foi dada ao falar sobre manifestações na China

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, classificou que a repressão da China aos protestos contra a política de covid zero como um “sinal de fraqueza” do regime comunista e disse que todos os cidadãos têm o direito de “manifestar publicamente sua frustração”.

A declaração foi feita na quarta-feira 30 durante reunião dos ministros das Relações Exteriores da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), realizada no Palácio do Parlamento na Romênia.

“Em qualquer país onde vemos protestos acontecendo e o governo tomando medidas repressivas maciças para impedi-lo, isso não é um sinal de força. É um sinal de fraqueza”, declarou. Com uma viagem planejada para a China no próximo ano, Blinken não quis comentar se os protestos afetam o presidente Xi Jinping.

O secretário de Estado também comentou comparou as políticas sanitárias em relação à pandemia de covid-19, dizendo que os Estados Unidos preferiram investir em vacinas, testes e tratamentos e não em confinamentos, como faz a China até agora. “A China tem que descobrir como avançar no tratamento da doença de forma a responder às necessidades sanitárias, mas também às necessidades das pessoas”, ponderou.

Os protestos na China, inclusive com o pedido de renúncia de Xi Jinping, começaram no último fim de semana, depois que um incêndio matou dez pessoas, que demoraram a ser socorridas em razão da política rígida de confinamento. As manifestações ocorreram em várias cidades, incluindo Pequim e Xangai. Houve repressão e prisões, incluindo dois jornalistas — um da rede britânica BBC e outro suíço.

Nos dias seguintes, a polícia ocupou praças e locais onde os protestos poderiam ser realizados para evitar novas manifestações. Autoridades policiais também começaram a investigar quem participou dos atos do fim de semana.

A política de covid zero começou ainda no início da pandemia e prossegue até agora, mesmo quando praticamente todo o mundo já afrouxou as regras, há tempos. Além de praticamente fechar o país a estrangeiros, impondo quarentenas aos viajantes que chegam, o regime comunista de Xi Jinping obriga cidades inteiras a ficarem confinadas quando um caso de covid é confirmado. Os testes massivos são obrigatórios.

Por Revista Oeste

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