
Brasil Isolado? Governo Lula Enfrenta Rejeição de Trump e Aposta em Alianças Controversas
Enquanto os Estados Unidos impõem barreiras, o governo brasileiro intensifica relações com regimes hostis ao Ocidente, gerando insegurança econômica e política.
O cenário diplomático do Brasil vive uma de suas fases mais tensas em décadas. Neste domingo (27), o secretário do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, confirmou em entrevista à Fox News que o pacote tarifário anunciado pelo presidente Donald Trump — que inclui uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros — entrará em vigor nesta sexta-feira (1º de agosto), sem qualquer prorrogação. A medida, que afeta diretamente setores estratégicos da economia brasileira, simboliza um afastamento drástico entre os dois países.
Enquanto isso, o presidente norte-americano firmava um acordo comercial com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, estabelecendo uma tarifa reduzida de 15% para importações da União Europeia — uma sinalização clara de preferência por aliados tradicionais e desprezo pelas tentativas do governo Lula de retomar o diálogo.
O silêncio da Casa Branca diante dos apelos de Brasília escancarou a frieza diplomática. “Trump deixou Lula falando sozinho… Não quis nem conversa!”, criticaram opositores. A situação foi descrita por analistas como vexatória e preocupante, sobretudo pela instabilidade jurídica e econômica que pode gerar no país. Empresários já demonstram temor, como evidenciado por declarações de líderes industriais: “A falta de habilidade do governo em negociar está trazendo insegurança jurídica para empresas e trabalhadores”, afirmou um representante do setor.
Como resposta ao isolamento, o Brasil tem buscado novos parceiros internacionais — e isso tem chamado atenção (e preocupação) do Ocidente. Durante a posse do novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, o vice-presidente Geraldo Alckmin representou o governo brasileiro ao lado de figuras associadas a grupos terroristas como Hamas, Hezbollah, Jihad Islâmica e Houthis, todos em conflito direto com Israel e, por consequência, com os interesses estratégicos dos Estados Unidos.
A imagem repercutiu negativamente no exterior, reforçando a percepção de que o Brasil estaria se distanciando de aliados históricos e se aproximando de regimes autoritários e adversários geopolíticos de Washington.
Internamente, o cenário também é turbulento. No mesmo domingo (27), apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro organizaram uma carreata em Brasília em protesto contra o presidente Lula e o ministro do STF Alexandre de Moraes. As críticas às decisões da Suprema Corte brasileira também ganharam eco na imprensa tradicional. Em editorial publicado no sábado (26), o jornal O Estado de S. Paulo classificou como “kafkiana”, “confusa” e “atabalhoada” a decisão do ministro Moraes que impôs novas restrições a Bolsonaro.
Diante desse cenário, cresce a sensação de isolamento político e diplomático do governo Lula, que vê suas tentativas de diálogo com os Estados Unidos serem ignoradas, enquanto suas novas alianças internacionais levantam questionamentos éticos e estratégicos.
Com a economia em alerta, a diplomacia estagnada e as críticas internas aumentando, o Brasil parece caminhar por uma linha tênue entre a tentativa de autonomia internacional e o risco de isolamento global.
Redação