
Carla Zambelli é presa na Itália
Deputada federal foi condenada pelos crimes de invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de dados falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa nesta terça-feira (29/7) na Itália, após ser condenada a mais de 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), segundo informou o Ministério da Justiça. A parlamentar foi considerada culpada pelos crimes de invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de dados falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão.
“Carla Zambelli está em uma casa em Roma. Dei o endereço à polícia, e a polícia já identificou Zambelli”, disse o deputado italiano Angelo Bonelli em postagem no X (antigo Twitter), às 16h45 desta terça-feira (29/7).
O governo brasileiro já havia iniciado os trâmites para sua extradição. O gabinete do ministro Alexandre de Moraes havia enviado ao Ministério da Justiça o pedido formal para que Zambelli fosse trazida de volta ao país e cumpra a pena em território nacional.
Fuga do Brasil
A condenação de Zambelli foi confirmada poucos dias após ela anunciar publicamente que deixaria o Brasil para se estabelecer na Europa e evitar a prisão. A deputada deixou o país pela fronteira com a Argentina, seguiu para os Estados Unidos e, de lá, viajou para a Itália, onde foi localizada.
A Polícia Federal solicitou a inclusão do nome da parlamentar na lista de difusão vermelha da Interpol, alerta internacional para foragidos.
Atualmente, ela está licenciada do mandato. Durante esse período, será substituída na Câmara pelo deputado Coronel Tadeu (PL-SP).
Mandato cassado
Na esfera legislativa, a Câmara dos Deputados também se prepara para cumprir a decisão judicial. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a cassação do mandato de Zambelli será declarada diretamente, sem necessidade de votação em plenário.
“O tratamento será regimental: cumprimento da decisão do STF. Não há outra alternativa. O processo foi concluído e a condenação determinada”, afirmou Motta em evento realizado em São Paulo. “Quando o STF conclui o julgamento, não cabe à Presidência da Câmara submeter a decisão ao plenário. A sentença deve ser cumprida”, concluiu.
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