Em protesto, advogado de preso do ‘8 de Janeiro’ faz defesa do acusado em frente ao prédio do STF

Em protesto, advogado de preso do ‘8 de Janeiro’ faz defesa do acusado em frente ao prédio do STF

Um grupo de advogados que representa os réus do caso ‘8 de janeiro’ protestou em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do tribunal de julgar o caso em um formato virtual. Eles reivindicam o direito de fazer a sustentação oral presencialmente.

O ato foi organizado pela ‘Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de janeiro’ (Asfav), e cerca de 10 advogados que defendem os réus dos acontecimentos de 8 de janeiro participaram do protesto. Eles usavam camisetas com a mensagem: “Não seremos intimidados”.

O advogado Ezequiel Silveira, representando 25 réus do caso, fez a sustentação oral do cliente Moacir José dos Santos em frente ao prédio do STF. Silveira argumenta que o julgamento virtual limita o direito de defesa, uma vez que não permite debates. Ele explica que, mesmo no formato virtual, teriam que enviar um vídeo da sustentação oral, mas escolheram fazê-lo em protesto em frente ao tribunal.

Moacir José dos Santos, natural de Foz do Iguaçu (PR), é o único dos quatro primeiros réus que ainda não foi julgado pelo STF. O julgamento presencial dele foi adiado após a mudança para o formato virtual.

A Corte retomou o julgamento das ações relacionadas ao ‘8 de janeiro’ em plenário virtual nesta terça-feira (26), com o ministro relator, Alexandre de Moraes, pedindo a condenação de cinco pessoas, sendo 3 homens e 2 mulheres, a penas que vão de 12 a 17 anos de prisão..

A decisão de realizar o julgamento à distância foi tomada pela presidente do STF, ministra Rosa Weber, a pedido do relator do caso, ministro Alexandre de Moraes. Nos três primeiros casos, os ministros foram duramente criticados pelos advogados. O ex-desembargador Sebastião Coelho, por exemplo, que representou o primeiro julgado, disse ao ministros que eles eram as pessoas mais odiadas do país.

A presidente da ‘Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de janeiro’, a advogada Gabriella Ritter, também estava presente no protesto e espera que o STF reverta a decisão e retome o julgamento em formato presencial. Ela argumenta que a determinação prejudica vários princípios e prerrogativas dos advogados e que o ato foi uma tentativa de serem ouvidos pela Corte. Assista abaixo a um trecho da sustentação oral e clique AQUI para ver a transmissão na íntegra.

Por Direira Online

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