Governo Lula vai contra CPI da Braskem, mas parte do Senado quer instalação imediata
No domingo (10), a Defesa Civil de Maceió confirmou o rompimento de uma porção da mina 18 da empresa Braskem, localizada no bairro do Mutange
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem deve ser instalada nesta terça-feira (12), no Senado Federal. O colegiado já possui quase todos os 11 integrantes, faltando apenas o PDT indicar um nome para compor o quadro. Apesar disso, o governo Lula (PT) tem adotado esforços para evitar a CPI, visto que pode causar um mal-estar com o atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em seu reduto eleitoral em Alagoas.
Na manhã de hoje (12), Lula convocou políticos alagoanos para uma discussão sobre os impactos do colapso da mina de sal-gema em Maceió. O convite sugere que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) será um tema abordado durante a reunião.
Aqui estão os titulares já indicados:
1. Renan Calheiros (MDB-AL)
2. Efraim Filho (União-PB)
3. Rodrigo Cunha (Podemos-AL)
4. Omar Aziz (PSD-AM)
5. Jorge Kajuru (PSB-GO)
6. Otto Alencar (PSD-BA)
7. Rogério Carvalho (PT-SE)
8. Wellington Fagundes (PL-MT)
9. Eduardo Gomes (PL-TO)
10. Dr. Hiran (PP-RR)
11. Fernando Farias (MDB-AL)
12. Jayme Campos (União-MT)
13. Soraya Thronicke (Podemos-MS)
14. Angelo Coronel (PSD-BA)
15. Fabiano Contarato (PT-ES)
16. Magno Malta (PL-ES)
17. Cleitinho (Republicanos-MG)
O que aconteceu?
O maior desastre ambiental urbano no Brasil, que completou cinco anos em março de 2023, afeta uma área correspondente a 20% do território de Maceió, resultando na necessidade de deslocamento de quase 60 mil pessoas de suas residências na capital alagoana. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) proposta para investigar a atuação da Braskem em Maceió, alvo de impasse desde novembro, está prestes a ser instalada, marcando uma resposta política diante do caos desencadeado pela intensa exploração de sal-gema na região.
No domingo (10), a Defesa Civil de Maceió confirmou o rompimento de uma porção da mina 18 da empresa Braskem, localizada no bairro do Mutange. Segundo informações da Prefeitura de Maceió, toda a área afetada encontrava-se devidamente isolada e desocupada, assegurando que não há ameaça à população local.
Desde o final de novembro, quando um alerta de possível colapso foi emitido pela Defesa Civil, famílias residentes na região já foram retiradas de suas residências como medida preventiva.
O bairro do Mutange é um dos cinco afetados pelos problemas que assolam Maceió desde 2018, quando surgiram as primeiras rachaduras no solo. A origem do desastre na capital alagoana remonta à exploração de sal-gema em jazidas subterrâneas pela empresa Braskem ao longo das últimas décadas. O sal-gema, utilizado na indústria química, teria provocado uma instabilidade no solo.
Por BSM