Invasões do MST aumentam 150% em “Abril Vermelho”
O MST encerrou o “Abril Vermelho” com um aumento significativo no número de invasões de terras em comparação com o ano anterior.
De acordo com o levantamento, foram registradas 35 invasões, representando um crescimento de 150% em relação a 2023.
Membro da direção nacional do movimento, Ceres Hadich, criticou os esforços do governo, afirmando que são insuficientes para atender às demandas do movimento.
“Por mais que haja esforço do governo Lula em sinalizar a retomada da reforma agrária, isso ainda não se deu massivamente. Tivemos a retomada de um processo de regularização, mas ainda há um passivo que não foi sequer mexido. Por isso, seguimos na luta para posicionar isso como uma demanda urgente“, disse Hadich em entrevista ao jornal.
Posicionamentos políticos divergentes
Em relação aos investimentos, o governo Lula destinou uma média de recursos cinco vezes menor do que em mandatos anteriores do PT. Essa redução de investimento tem gerado insatisfação no MST, que tem entrado em conflito com a gestão petista. Um exemplo disso foi a recente invasão da sede do Incra, em Maceió, demonstrando a insatisfação do movimento em relação à gestão atual. Governadores como Ronaldo Caiado e Romeu Zema têm adotado uma postura de “tolerância zero” contra as invasões, demonstrando apoio aos produtores rurais que são donos das terras invadidas.
Por outro lado, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, do PT, demonstrou apoio ao MST em uma manifestação no Estado, mostrando divergências dentro do próprio partido em relação ao movimento.
Enquanto as invasões persistem, a urgência de uma solução para a questão agrária no Brasil se torna cada vez mais evidente.
Com informações comprerural