Rússia promete resposta às sanções do Ocidente
A economia do país está enfrentando a crise mais grave desde a queda da União Soviética em 1991
A Rússia afirmou nesta quarta-feira, 9, que está trabalhando em uma ampla resposta às sanções que seriam sentidas nas áreas mais sensíveis do Ocidente.
“A reação da Rússia será rápida, ponderada e sensível para aqueles a quem se dirige”, disse Dmitry Birichevsky, diretor do departamento de cooperação econômica do Ministério das Relações Exteriores, segundo a agência de notícias RIA.
A economia da Rússia está enfrentando a crise mais grave desde a queda da União Soviética em 1991, depois que o Ocidente impôs sanções a quase todo o sistema financeiro e corporativo russo após a invasão da Ucrânia.
A Rússia alertou no início desta semana que os preços do petróleo poderiam subir para mais de US$ 300 por barril se os Estados Unidos e a União Europeia proibissem as importações de petróleo da Rússia.
A Europa consome cerca de 500 milhões de toneladas de petróleo por ano. A Rússia fornece cerca de 30% disso, ou 150 milhões de toneladas, além de 80 milhões de toneladas de petroquímicos.
Cessar-fogo
A Rússia informou hoje um novo cessar-fogo na Ucrânia para permitir que civis fujam de cidades cercadas por tropas russas.
O anúncio de “silêncio” foi semelhante ao de ontem que prometia passagem segura das cidades de Kiev, Kharkiv, Chernihiv, Sumy e Mariupol. Até agora, apenas um corredor foi aberto, saindo de Sumy.
A Ucrânia disse também concordar em interromper o fogo entre 9h e 21h para permitir que civis escapem das cidades sitiadas por seis corredores humanitários.
Mariupol
A cidade portuária de Mariupol, no sul da Ucrânia, está cercada por tropas russas há uma semana. Segundo a Cruz Vermelha, a situação enfrentada pelos civis é “apocalíptica”.
“Os moradores estão abrigados, incapazes de evacuar feridos e sem acesso a comida, água, energia ou aquecimento.”
Uma promessa de cessar-fogo na região não funcionou. Kiev afirmou que 30 ônibus e oito caminhões de suprimentos não conseguiram chegar à cidade ontem depois de terem sido bombardeados pela Rússia, violando o cessar-fogo.
Nas duas maiores cidades da Ucrânia, Kiev e Kharkiv, o corredor humanitário força os moradores a irem para Rússia ou Belarus, país aliado dos russos, propostas rejeitadas por Kiev.
Por Revista Oeste