Saiba quem são os marqueteiros de Bolsonaro, Lula, Moro e Ciro

Saiba quem são os marqueteiros de Bolsonaro, Lula, Moro e Ciro

Partidos seguem definindo quem serão os responsáveis pelas campanhas eleitorais

O início do ano eleitoral tem acelerado a formação das equipes da campanha presidencial, antes mesmo da validação oficial das candidaturas. Na prática, em especial nas redes sociais, a corrida já começou no ano passado e está se profissionalizando.

Os partidos já se preparam para usar a retomada da propaganda partidária no rádio e na TV, de março até o fim do primeiro semestre, para apresentar seus principais nomes na disputa, mesmo correndo o risco de punição por eventual campanha antecipada.

Assim, a montagem dos times avança. Só nesta semana, o pré-candidato do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o do Podemos, o ex-juiz Sergio Moro, formalizaram a escolha de seus marqueteiros.

Confira os times reunidos até agora e as principais negociações em andamento nas campanhas do presidente Jair Bolsonaro (PT), de Ciro Gomes (PDT) e de João Doria (PSDB), além de Lula e de Moro:

Jair Bolsonaro (PL)
O presidente Bolsonaro ainda não bateu o martelo sobre a liderança da sua equipe de marketing para as eleições de 2022. Por influência da ala política do governo, Bolsonaro avalia e conversa com marqueteiros sugeridos por ministros e por Valdemar Costa Neto, do PL. Um dos cotados para assinar os programas do presidente é o publicitário Duda Lima, ligado a Costa Neto.

Em 2018, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi o principal estrategista para as mídias sociais.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
O marketing político do ex-presidente Lula vai ficar a cargo de Augusto Fonseca, da MPB Estratégia & Criação. Será a primeira campanha de Fonseca no PT, mas o marqueteiro já atuou, em 2014, ao lado de Aécio Neves (PSDB), e, em 2018, de Ciro Gomes, ambos na sucessão presidencial.

Para as eleições de 2022, o PT decidiu por não investir na figura de um “supermarqueteiro”, como foi feito nas campanhas presidenciais do partido de 2002 a 2014, quando contou com Duda Mendonça e João Santana.

Para essa nova campanha, Fonseca trabalhará ao lado de Franklin Martins, que é jornalista e ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social (governo Lula, entre 2007 e 2010), que continuará como coordenador-geral da comunicação do ex-presidente.

Sérgio Moro (Podemos)
Pré-candidato do Podemos à Presidência, Sergio Moro escolheu o publicitário argentino Pablo Nobel para comandar a equipe de marketing de sua campanha. O publicitário é integrante da equipe da agência AM4, que trabalhou para Bolsonaro em 2018.

De 2003 a 2017, Pablo Nobel trabalhou na OpenFilms, que produziu vídeos para o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e para as campanhas presidenciais de Aécio Neves (PSDB) e de Geraldo Alckmin (sem partido).

A produtora também trabalhou na campanha de Daniel Scioli para presidente da Argentina, em 2015.

Ciro Gomes (PDT)
O pré-candidato do PDT fechou com o publicitário João Santana, que assumiu o cargo com o objetivo de traduzir o “economês” do ex-ministro Ciro Gomes e apresentá-lo como alguém de posições firmes, mas não temperamentais.

Santana é conhecido no ramo por ter ajudado a eleger os ex-presidentes Lula e Dilma e também por ter sido preso na Operação Lava Jato.

João Doria (PSDB)
O prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado, foi escolhido por Doria para a coordenação de comunicação da campanha. Liderança jovem do partido, Machado foi reeleito com quase 70% dos votos em 2020.

Atuante nas redes sociais e de perfil mais conservador, Machado se aproximou de Doria durante as prévias tucanas e, neste ano, passou a integrar o núcleo eleitoral do governador e a frequentar o Palácio dos Bandeirantes.

Ao lado de Machado, a equipe do governador de São Paulo também conta com dois marqueteiros experientes, Chico Mendez e Guillermo Raffo, que fizeram a campanha de Henrique Meirelles em 2018, e com o especialista em mídia digital Daniel Braga, responsável por valorizar memes e uma linguagem mais informal e irônica, como o fato de Doria citar a alcunha de “calça apertada”, usada por aliados de Jair Bolsonaro.

*AE

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