Soldados ucranianos se refugiam em túneis e resistem aos ataques russos em Mariupol
Controlar a cidade tornou-se o principal objetivo do Kremlin
Nas últimas semanas, o Exército da Rússia aproximou-se da região central da cidade de Mariupol, localizada a 630 quilômetros de Kiev.
As bombas e os mísseis disparados pelos soldados de Vladimir Putin reduziram prédios, hospitais e infraestruturas a escombros.
Os moradores, que somavam mais de 400 mil antes da invasão, estão sem energia, água e tratamento médico desde o início de março.
Em razão dos saques praticados pelos militares russos nos supermercados, não há alimentos nem medicamentos suficientes para a maioria da população.
Apesar desse cenário, as tropas ucranianas resistem.
Militares, guardas fronteiriços e soldados do batalhão paramilitar Azov permaneceram na cidade.
Eles se refugiaram no subsolo da siderúrgica Azovstal, com vista para o Mar de Azov, e no Porto Marítimo de Mariupol, que possui uma extensa rede de túneis.
Controlar Mariupol resultaria na primeira grande vitória da Rússia desde o início da invasão, em 24 de fevereiro.
Isso garantiria ao Kremlin um extenso corredor terrestre em direção à Península da Crimeia, que Moscou anexou em 2014, e privaria os ucranianos de importantes ativos industriais da região.
Para os ucranianos, a permanência em Mariupol tornou-se um símbolo de resistência nacional.
Na semana passada, o comandante dos Azov na cidade, Denys Prokopenko, divulgou um vídeo em que diz: “Homens reais escolhem o caminho da guerra”.
Ele também denunciou os soldados que se renderam e disse que esses militares escolheram “o caminho da vergonha”.
Por Revista Oeste