Valdemar Costa Neto e aliados de Bolsonaro continuam presos após audiência de custódia
Valdemar Costa Neto, Filipe Martins e militares permanecerão presos após audiência judicial. O grupo foi detido durante uma ação da Polícia Federal, que investiga a possível participação de pessoas próximas ao ex-presidente Jair Bolsonaro em um suposto plano de golpe de Estado e desrespeito ao Estado democrático de Direito, com o intuito de favorecer politicamente o ex-chefe do Executivo, Jair Bolsonaro. A equipe de defesa de Valdemar anunciou a intenção de solicitar liberdade provisória, cujo pedido será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes.
Vale ressaltar que Valdemar foi preso em flagrante na quinta-feira (08) por “posse ilegal de arma” e “usurpação mineral”.
Ao ser preso, Valdemar Costa Neto tinha com ele uma pepita de ouro com cerca de 39 gramas.
De acordo com a PF, o item é compatível com a extração de um garimpo, e tem valor estimado em R$ 11,7 mil.
A prisão dele ocorreu durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão, pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Tempus Veritatis., que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Nas redes sociais, o advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Fabio Wajngarten, criticou a decisão do STF: “A não soltura do Presidente Valdemar nesse momento só escancara ainda mais o momento que o Brasil vive. Minha solidariedade à ele, bem como à sua esposa e familiares. VERGONHOSO”.
Na quinta-feira (8), a Polícia Federal realizou uma operação em nove estados e no Distrito Federal, cumprindo 33 mandados de busca e apreensão e 4 de prisão preventiva. A ação, denominada Operação Tempus Veritatis, investiga a possível organização de um golpe de Estado em 2022 em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas eleições, envolvendo ex-assessores, militares e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Durante as diligências, uma perícia conduzida pela PF confirmou que um dos itens encontrados na residência de Valdemar Costa Neto é uma pepita de ouro. Além disso, os agentes localizaram uma arma na residência do líder partidário, supostamente pertencente a seu filho.
De acordo com a PF, 16 militares estão sob investigação por pelo menos três formas de atuação. A primeira envolve a produção, disseminação e amplificação de informações falsas sobre a segurança das eleições de 2022, com o intuito de incentivar seguidores a se posicionarem em frente a quartéis e instalações militares.
O segundo ponto de atuação dos militares investigados pela PF seria fornecer apoio às ações golpistas, participando de reuniões e planejamento para manter manifestações em frente aos quartéis, incluindo mobilização, logística e financiamento para auxiliar os manifestantes.
Por Gazeta Brasil