Lula passou a perna nos evangélicos
Apesar de ter assinado uma carta pedindo apoio aos evangélicos na campanha do ano passado, eles tiveram poucos acenos do governo Lula ao longo do ano passado, destaca o jornal O Globo.
Pautas conservadoras como Estatuto do Nascituro, que proíbe o aborto até nos casos permitidos por lei; o Estatuto da Família; a Lei Geral das Religiões, a regulamentação do homeschooling e o fim da retenção na fonte de imposto de renda de doações feitas às igrejas ficaram pelo caminho sem qualquer apoio do Planalto.
“Houve pelo menos duas tentativas frustradas de aproximação por parte do Planalto. O petista chegou a pedir a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), evangélica, para elaborar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplie a isenção tributária, mas a proposta ainda não teve avanço significativo. Entre o final da campanha e o início do mandato, falava-se ainda da criação de uma subsecretária para mediar o diálogo com os evangélicos, mas as negociações cessaram”, lembra o jornal.
Durante a campanha, o então candidato Lula fez o que pôde para tentar atrair o eleitor evangélico. Ele divulgou, inclusive, uma carta em que ratificava apoio a esse público, prometendo dar apoio a algumas bandeiras da bancada cristã no Congresso Nacional.
“Declaro meu respeito e minha admiração pela fé, dedicação e amor com que os evangélicos realizam sua missão, seja na área da difusão do evangelho, seja na área da assistência social, proteção da infância, da juventude, das mulheres, dos idosos e das pessoas com deficiência. Da mesma forma é bem-vinda a participação de Evangélicos nas diversas formas de participação social no Governo, como Conselhos Setoriais e Conferências Públicas”, disse Lula na carta.
Os tais conselhos cristãos nunca saíram do papel.
Em resumo: para surpresa de zero pessoas, Lula passou a perna nos evangélicos.
O Antagonista