Maioria no STF decide manter deputada Carla Zambelli ré por porte ilegal de arma
A conclusão do julgamento está prevista para sexta-feira (24)
O Supremo Tribunal Federal (STF) consolidou a maioria de votos em favor da manutenção da condição de ré da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), na quinta-feira (23), pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com o uso de arma de fogo.
Em uma sessão virtual, seis dos dez ministros da Corte rejeitaram o recurso apresentado pela defesa contra a abertura do processo criminal que investiga a deputada. A conclusão do julgamento está prevista para sexta-feira (24).
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Zambelli após o incidente em que ela sacou uma arma de fogo e perseguiu o jornalista Luan Araújo às vésperas do segundo turno das eleições de 2022. A perseguição teve início após um acalorado embate verbal entre Zambelli e Luan durante um evento político no bairro dos Jardins, em São Paulo.
O advogado Daniel Bialski, que representa a deputada, esclareceu à imprensa que o recurso foi apresentado com o intuito de elucidar pontos considerados contraditórios na decisão que tornou Zambelli ré. “A decisão proferida em nada prejudica a deputada”, afirmou Bialski.
O caso ocorreu em outubro de 2022, próximo ao segundo turno das eleições presidenciais. Na ocasião, Zambelli foi hostilizada e ameaçada por um eleitor de Lula (PT) em São Paulo, e puxou a arma para se defender do agressor. A deputada prestou depoimento à PGR, no ano passado sobre as circunstâncias que a levaram a perseguir um homem armada na véspera do segundo turno das eleições em São Paulo.
Nos vídeos que circularam nas redes sociais, a parlamentar saca uma arma e começa a correr atrás de um homem negro na rua até ele ser rendido em um bar no bairro dos Jardins, zona nobre da capital paulista. Alvo da perseguição, o jornalista Luan Araújo alega que reagiu ao ser provocado pela equipe da deputada.
Por BSM