MST já sinaliza retomada de invasões de terras em caso de vitória de Lula

MST já sinaliza retomada de invasões de terras em caso de vitória de Lula

Ajuntamento criou 7 mil ‘comitês de luta’ para apoiar o petista

O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, avisou que o ajuntamento vai retomar “mobilizações em massa”, caso Lula volte a ser presidente. Em linhas gerais, as invasões do MST voltarão.

“Quando a classe trabalhadora recupera a iniciativa, ela passa a atuar na defesa de seus direitos, fazendo greves, ocupando terras e promovendo mobilizações, como naquele grande período de 1978 a 1989”, disse Stédile, em entrevista a um podcast divulgado nas redes sociais do MST, no domingo 4.

O MST criou “comitês populares de luta” em todo o país para apoiar a candidatura de Lula. No podcast, Stedile afirmou que já foram criados cerca de 7 mil grupos em assentamentos da reforma agrária. “Acho que a vitória do Lula, como se avizinha, vai ter como uma consequência natural, psicossocial nas massas, de um ‘reânimo’ para nós retomarmos as grandes mobilizações”, disse.

As invasões representariam o fim da “série histórica” de terrorismos praticados pelo MST no campo. Segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), 11 ataques a fazendas foram registradas no país no ano passado. Em 2020, foram apenas seis. No ano anterior, sete. Trata-se dos menores números verificados desde 1995, quando o Incra passou a organizar os dados.

Nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), os sem-terra invadiram quase 2,5 mil fazendas. A administração de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou cerca de 2 mil invasões. Na era Dilma Rousseff (PT), por sua vez, houve menos de mil crimes dessa natureza. Os números mostram que o atual governo, liderado por Jair Bolsonaro (PL), apresenta um desempenho melhor até mesmo que o verificado na gestão de Michel Temer (MDB), que durou de agosto de 2016 a dezembro de 2018: foram 54 invasões durante o tempo em que o emedebista esteve à frente do Palácio do Planalto, enquanto nos últimos quase quatro anos elas não passaram de 15.

Por Revista Oeste

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